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De quem falava Paes quando sugeriu que políticos deveriam se confessar com Papa?

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O prefeito Eduardo Paes afirmou que o Papa Francisco não tem relação direta com os pecados dos governantes brasileiros, a não ser perdoá-los.

"O bom é que as autoridades brasileiras se confessem com o papa Francisco e deixem de cometer os seus pecados. A presença dele pode ajudar neste sentido", declarou.

Tal afirmação leva a reflexões: o prefeito do Rio admite com todas as letras que autoridades políticas do país têm "pecados" no currículo. Além disso, faz tal afirmação num momento em que o governador do Rio, Sérgio Cabral, é o político que sofre os ataques pessoais mais pesados e agressivos nas manifestações, inclusive com ativistas acampados na porta da sua casa. Cabral que, diga-se de passagem, pelas normas da Igreja Católica sequer pode se comungar por ter se casado após o divórcio.

Afinal, a quem Eduardo Paes se referia quando fez tal afirmação? A confissão teria então o poder de transformar fichas sujas em fichas limpas?

Ainda na sua fala, o prefeito afirma que o Papa não merece ser alvo de manifestações, mas logo em seguida deixa de lado seu discurso assertivo para declarar que não sabe se Francisco tem culpa pelos 20 centavos, pela eventual corrupção da política brasileira ou pelos dias em que os deputados trabalharam ou não. 

Em seu aparente discurso apaziguador, o prefeito joga mais insinuações do que certezas no ar.