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Sob forte aparato policial, tocha olímpica é conduzida pelo Rio de Janeiro

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Sob forte aparato de segurança, a tocha olímpica chegou na manhã desta quarta-feira (3) ao Rio de Janeiro, onde percorreu um trecho pelo Centro da cidade. Antes de chegar à Cidade Olímpica, a chama percorreu 20 mil quilômetros em terra, passando por mais de 300 cidades em 26 estados e no Distrito Federal.

A chama chegou à Escola Naval levada pelos irmãos Torben e Lars Grael em um barco a remo conduzido por dez remadores da Marinha do Brasil. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, protegido por forte aparato policial, recebeu a tocha, tornando-se o seu primeiro condutor na cidade. Em seguida, ela foi transportada até a Cinelândia pelo Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) da Estação Santos Dumont, dando sequência ao revezamento.

O comboio passou em frente ao Theatro Municipal, no centro do Rio, seguiu até a Cidade do Samba, na zona portuária, antes de partir para a Baixada Fluminense. Nessa região, ela percorrerá os municípios de Duque de Caxias, São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo e Nova Iguaçu, onde encerrará o dia. No dia 4, retornará ao Rio de Janeiro, quando passará pela Vila Olímpica, a partir das 8h. O surfista Rico de Souza levará a chama em uma prancha, na praia da Macumba, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste.

Entre os condutores da Tocha Olímpica na capital, estarão o compositor Nelson Sargento, presidente de honra da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, o garçom da Confeitaria Colombo, Orlando Duque, que trabalha no local desde 1952, e o gari Renato Luiz Lourenço, o Renato Sorriso, figura popular do carnaval carioca.

A chama olímpica desembarcou no Brasil no dia 3 de maio na capital federal. A jogadora de vôlei Fabiana deu a largada para o revezamento, que terminará no dia 5 de agosto, no Estádio do Maracanã, local onde será acesa a Pira Olímpica e celebrada a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. A chama foi acesa no dia 21 de abril, em frente ao Templo de Hera, localizado na cidade grega de Olímpia.

Durante o percurso, a tocha foi levada de rapel, de barco, passou por pontos turísticos do país, cidades históricas e por comunidades indígenas. No total, serão 12 mil condutores, entre eles atletas, celebridades, ex-atletas, empresários, apoiadores do esporte e anônimos, que representaram a população.

Protestos

A passagem da chama foi marcada por protestos sobre o atual momento político vivido pelo país e também por alguns incidentes. Em Porto Alegre, duas pessoas tentaram interferir no revezamento para apagar a chama. Em Guarulhos (SP), uma pessoa foi detida depois de tentar invadir o local delimitado. Em Manaus, a morte de Juma, a onça-pintada que participou de cerimônia durante a passagem da tocha e depois foi abatida, causou comoção nas redes sociais. Na ocasião, o Comitê Organizador da Rio 2016 admitiu que errou ao permitir a exibição da onça durante o evento. Em Angra dos Reis, ela chegou a ser apagada.

Na cidade do Rio de Janeiro, a chama será conduzida no veleiro Lady Lou, que terá como tripulantes os medalhistas olímpicos Torben e Lars Grael, Clínio Freitas, Isabel Swan, Nelson Falcão, Marcelo Ferreira e Ronnie Senfft.

Com Agência Brasil