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Sarah homenageia técnicos e faz planos para os próximos oito anos 

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Londres - Expedito Falcão não disputa a Olimpíada de 2012, mas foi graças a ele que o Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro na competição. Ele é o técnico que trabalha no Piauí com a judoca Sarah Menezes, campeã olímpica da categoria até 48 kg. E com quem a piauiense treina desde a juventude em Teresina.

Após conquistar o feito inédito para uma judoca do Brasil, Sarah fez diversas dedicatórias, mas lembrou de mencionar Expedito Falcão, com quem deve trabalhar por mais alguns anos.

"Quando eu entrei no judô, entrei por brincadeira, sem pensar em Olimpíada. Sempre quem acreditou no meu potencial foi meu treinador, o Expedito. Foi assim que a gente conseguiu levar a estrutura para a minha cidade", disse a judoca neste final de semana, em Londres, projetando a sequência do trabalho em Teresina e a participação olímpica até 2020.

"Eu sou muito nova, conquistei essa medalha com 22 anos. Tem mais dois ciclos para eu poder estar brilhando. Espero pode ajudar as pessoas que estavam ao meu redor no momento em que eu mais precisei", completou.

Quem também ganhou homenagens de Sarah Menezes após o inédito ouro feminino no judô foi Rosicleia Campos, técnica da Seleção Brasileira feminina da modalidade. "A Rosi sempre esteve ao lado da Seleção feminina, não só da Sarah", disse a judoca. "Ela foi superimportante na formação de cada um. Apesar de não ser a técnica principal, é a técnica principal da Seleção Brasileira. Ela não pegou na base os atletas, mas conseguiu com que a gente chegasse no auge."

Nas principais competições de sua breve carreira, Sarah vinha em ascensão no quesito resultados. Depois de duas medalhas de bronze no Campeonato Mundial (Tóquio, em 2010, e Paris, em 2011), além de um também nos Jogos Pan-Americanos (Guadalajara, em 2011), conseguiu uma medalha de prata no Campeonato Mundial (Paris, 2012). Em sua segunda Olimpíada na carreira, enfim, o principal feito da carreira: uma medalha de ouro.

"No inicio de 2012, começou a parecer uma prata, um ouro. Agora, em julho de 2012, apareceu o ouro olímpico, que é a cosia mais importante da minha vida", lembrou ela, que diz ter subido ao tatame com a pressão por resultados sob controle.

"Eu nem pensei em uma Olimpíada, porque Olimpíada muda a cabeça da pessoa - pelo menos, mudou a minha completamente. Eu procurei entrar na competição como se fosse lutar no Mundial, em que vão dois de cada país ¿ na Olimpíada, vão até 19. Se eu consegui chegar nas finais do Mundial, por que eu não vou conseguir aqui?", calculou.

Aos 22 anos, Sarah já tem planos traçados para os próximos oito anos: terminar a faculdade de Educação Física, ter aulas de inglês e disputar pelo menos duas edições de Olimpíadas. Depois, se a aposentadoria vier, o plano é passar ensinamentos. "Sempre é bom ensinar, eu gosto de ensinar e ajudar também. Meu futuro é ajudar as crianças que se interessam", completou.