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"Nadem contra a corrente e rebelem-se contra a cultura do provisório", diz Papa

Em encontro no Riocentro, Papa Francisco agradeceu a todos os voluntários pelo  trabalho prestado

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No encontro no Riocentro entre o Papa Francisco e os voluntários da Jornada Mundial da Juventude, com mais de 12 mil presentes, o pontífice agradeceu a todos que se esforçaram e se entregaram para a realização do evento. Em seu discurso, o Papa disse que os jovens podem contar, sempre, com as suas orações e pediu para que todos rezem por ele também. Assim como na fala de sábado, durante a vigília, as orientações foram direcionadas para a juventude, com pedido para que eles “nadem contra a corrente e se rebelem contra a cultura do provisório”.

O evento se iniciou com a fala de voluntários, em destaque para uma polonesa, já comemorando a escolha por Cracóvia para a próxima JMJ, que agradeceu por toda a orientação e pensamentos transmitidos pelo pontífice. Logo no início de seu discurso, o Papa afirmou que “não poderia regressar a Roma, antes de agradecê-los pelo trabalho e dedicação”. O trabalho dos voluntários rendeu uma comparação com a missão de São João Batista, que foi o responsável por preparar o caminho para Jesus.

Papa Francisco também fez questão de ressaltar a força instituição do casamento, que, segundo ele, é acusado de estar “fora de moda” por alguns setores da sociedade, fato logo rechaçado, em coro, pelo público, para sua alegria. Em fala semelhante à de sábado (27), durante a vigília, o pontífice se dirigiu aos jovens, lhes fazendo pedidos, lembrando que eles provaram que há maior alegria em dar do que receber:

“Sejam sempre generosos com Deus e com os demais. Deus os chama para escolhas definitivas e tem um projeto para cada um. Descobri-lo significa caminhar na realização do projeto de si mesmo. Muitos pregam que o importante é curtir o momento e que não vale a pena fazer escolhas definitivas. Peço que sejam revolucionários. Peço que nadem contra corrente, se rebelem contra a cultura do provisório, que no fundo crê que vocês não são capazes em assumir responsabilidade, e amar de verdade. Tenham coragem de ser felizes”, defendeu.

Em outro momento de destaque do discurso, o Papa lembrou de sua própria juventude, quando, aos 17 anos, depois de passar pela igreja para se confessar, ele diz ter sentido pela primeira vez que Deus me chamava. No final, ele afirmou que os jovens não devem ter vergonha em pedir ajuda a Deus em busca de orientação e então encerrou sua fala agradecendo, mais uma vez, aos voluntários, pastorais e grupos que se dedicaram pela realização da JMJ. Como já havia acontecido, o pontífice retornou, ao fim, para relembrar a todos: “rezem por mim”.

Após o encontro, o Papa Francisco seguiu para a Base Aérea do Galeão onde deve fazer seu último discurso de despedida, e então, embarca para Roma.