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Dilma diz à ANSA que visita de papa é 'histórica'

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A presidenta Dilma Rousseff disse, em entrevista exclusiva à ANSA, que a visita do papa Francisco ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é um acontecimento "histórico", que tem um "valor sem precedentes" para o Brasil e para a América Latina. 

"Estou segura de que, em sua primeira viagem à América Latina, a sensibilidade demonstrada pelo Sumo Pontífice a temas caros para a nossa região, como o combate à fome e à pobreza e o desenvolvimento com justiça e inclusão social, tornarão a visita de Sua Santidade uma ocasião de valor sem precedentes", disse Dilma. 

"A visita do papa Francisco, de 22 a 28 de julho, reveste-se de importância histórica e especial significado para o Brasil e a América Latina", ressaltou a presidente, que na segunda-feira receberá o líder da Igreja Católica no Rio de Janeiro. "Com a presença de centenas de milhares de jovens de todo o mundo, as celebrações da XXVIII Jornada Mundial da Juventude constituirão um apelo à paz e à esperança de um mundo mais justo e pacífico, de uma América Latina mais próspera e harmônica", acrescentou. 

Em 20 de março, Dilma foi a primeira chefe de Estado a ser recebida pelo papa argentino Jorge Mario Bergoglio no Vaticano, que tinha sido eleito no dia 13 de março. Em entrevista escrita, a mandatária ainda comentou os protestos que têm acontecido no país nas últimas semanas, com grande participação de jovens.    

"Durante uma semana, nosso país, que acompanhou recentemente nas ruas os clamores da juventude por mais conquistas e pelo aprimoramento da democracia, sediará, com a Jornada, uma ampla reflexão sobre os valores espirituais da tolerância, da solidariedade e da fraternidade. São propostas que se complementam e contribuem para a construção de um Brasil, de uma América Latina e de um mundo melhor" afirmou. 

A partir da próxima segunda-feira o Brasil, o país católico mais povoado do mundo, receberá o primeiro papa latino-americano que tem expressado sua grande expectativa de dialogar com os jovens deste continente onde ainda existem problemas sociais. "Temos orgulho de sediar a Jornada Mundial da Juventude 2013 e desejamos que ela constitua uma oportunidade valiosa de diálogo fraterno e reflexão profunda sobre o avanço da prosperidade, da paz e da justiça social para a humanidade", concluiu a presidente.