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Após título, Merkel faz selfie com jogadores da Alemanha no vestiário

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Mais uma vez, a chanceler alemã, Angela Merkel, foi ao vestiário parabenizar aos jogadores pela vitória. Ela estava acompanhada do presidente da Alemanha, Joachim Gauck. A imagem foi divulgada pelo Twitter da Federação Alemã de Futebol. Ela também tirou uma foto especial com Podolski.

    No primeiro jogo dos alemães na Copa, contra Portugal, no dia 16 de junho, Merkel também posou para foto com os jogadores no vestiário. 

Alemanha supera Argentina com gol de Götze e é tetra 

Com golaço do herói improvável Mario Gotze, que saiu do banco de reservas para se mostrar decisivo, a Alemanha conquistou o título da Copa do Mundo de 2014 neste domingo. Na prorrogação, depois de empate sem gols em jogo dividido entre o cansaço e a emoção, o jogador do Bayern de Munique marcou para definir a vitória por 1 a 0 sobre a Argentina no Maracanã, no Rio de Janeirio, e acabar um jejum de 24 anos para os alemães. De quebra, deu ainda alguma alegria aos brasileiros: em seu maior templo do futebol, viram o maior rival ser vice.

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Assim, a Alemanha chega ao tetracampeonato, se igualando à Itália e ficando a uma conquista da Seleção Brasileira, única pentacampeã e maior vencedora. É a primeira vez que o time conquista o título desde a reunificação do país: os outros três foram ganhos como Alemanha Ocidental, em 1954, na Suíça; em 1974, na Alemanha; e em 1990, na Itália.

A Argentina de Messi lutou até o final, mas essencialmente se defendeu no gramado do Maracanã, mostrando muito perigo nos contra-ataques. O camisa 10 teve momentos de brilho, mas passou longe de ser protagonista. A Alemanha, como de costume, sequer teve candidatos ao protagonismo: fez jogo coerente, equilibrado, seguro e praticamente eficiente. Com isso, se sagrou campeã mundial no Brasil.

Domínio alemão, perigo argentino

O primeiro tempo no Maracanã teve domínio alemão, com posse de bola e a iniciativa das ações, mas quem essencialmente levou perigo foi a Argentina, que se fechou bem e, com exceção dos minutos finais da etapa, permitiu poucas chances claras de gol. Os alemães ainda tiveram de lidar com a ausência de Khedira, que se lesionou no aquecimento e foi substituído por Kramer. Aos 18min, o jogador levou pancada no rosto em dividida, foi atendido e voltou ao jogo, mas precisou sair. Joachim Low, ousadamente, colocou o atacante Schurrle em seu lugar.

A primeira grande chance teve falha de Kroos, que tentou recuo de cabeça para a zaga, mas não viu Higuaín voltando da posição de impedimento. O argentino recebeu a bola livre e, inexplicavelmente, dominou mal e chutou para fora, quando poderia ter invadido a área e preparado o gol. A rede foi estufada aos 31min, em erro de saída de bola que culminou com cruzamento de Lavezzi e gol de Higuaín, mas o tento foi anulado por conta do impedimento do atacante.

A Alemanha também perdeu duas boas chances por impedimento. Aos 37min, Muller rolou para chute de Schurrle, que Romero defendeu bem; no caminho, a bola passou raspando em Ozil, que estava em posição irregular. Já aos 46min, Howedes cabeceou forte em cobrança de escanteio e acertou a trave; no rebote, a bola bateu em Muller, pego em impedimento, mas Romero se recuperou para fazer a defesa. O goleiro ainda pegou chute de Kroos, da entrada da área, aos 42min.

Messi participou de todas as ações ofensivas da Argentina e criou boa parte delas, mas teve apenas uma chance clara de gol. Aos 39min, escapou pela ponta direita do ataque, invadiu a área e tocou na saída de Neuer, mas o goleiro conseguiu desviar a bola, que ficou pingando dentro da área. Antes que Lavezzi pudesse completar para o gol, Boateng se esticou e afastou com um chutão. Foi um primeiro tempo de equilíbrio e boas oportunidades.

Exaustão física e escassez de chances

O segundo tempo começou com mudança na Argentina: Lavezzi deu lugar a Aguero. Logo aos 2min, o time criou grande chance com lançamento em profundida para Messi, que invadiu a área pela esquerda e bateu cruzado, mandando a bola rente à trave. O jogo ficou mais truncado, com os clubes disputando cada centímetro do gramado, cada segundo da posse de bola. As chances de gol ficaram escassas.

As faltas ficaram mais duras, e o árbitro começou a distribuir cartões amarelos em meio a discussões e provocações. Talvez pela exaustão física do Mundial, os erros ficaram mais comuns. Aos 26min, por exemplo, Schurrle recebeu em grande condição entre a zaga argentina e dentro da área após troca de passes alemã na intermediária, mas adiantou demais e deixou fácil para a saída de Romero.

Alejandro Sabella tirou Higuaín aos 32min e colocou Palacio para tentar agitar o ataque argentino, mas foi a Alemanha que passou a chegar mais na frente. Aos 37min, Schurrle recebeu lançamento na ponta direita, invadiu a área e rolou para o meio, onde Kroos chegou batendo forte, mas a bola foi para fora. Joachim Low fez a segunda alteração com Gotze no lugar do exausto Klose. Aos 47min, ele recebeu bola em contra-ataque, mas se precipitou e chutou de longe, rasteiro e fraco. A partida foi para a prorrogação.

Prorrogação e tetracampeonato

Como se quisessem matar logo o jogo e surpreender, os alemães começaram o tempo extra em ritmo frenético e quase chegaram ao gol. No primeiro minuto, Gotze escapou pela ponta esquerda e rolou para chute forte de Schurrle, mas Romero espalmou. A resposta foi passe de Messi para Aguero, que recebeu na esquerda e chutou cruzado para fora. Aos 7min, Palácio recebeu passe por cima da zaga e, livre, tentou dar chapéu na saída de Neuer, mas jogou a bola longe demais e perdeu chance incrível.

No segundo tempo, a arbitragem livrou Mascherano e Aguero, que fizeram faltas duras e já tinham cartão amarelo – no caso do atacante, acertou o braço em Schweinsteiger e abriu corte no rosto do alemão. Aos 8min, o jogador, já recuperado, puxou jogada pela esquerda e cruzou pelo alto para Gotze, que matou a bola no peito e chutou de perna esquerda para vencer Romero, abrir o placar e decidir o título da Copa do Mundo.

A Argentina ficou com sete minutos para evitar o vice no Maracanã. Aos 15min, na considerada última chance de gol, Messi teve falta para cobrar pela direita da arquibancada. O chute pasou longe, por cima. Não foi cruzamento, não foi chute ao gol. Foi o fim da Copa do Mundo para a Argentina e a confirmação do tetracampeonato para a Alemanha.

Com Ansa e Portal Terra