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Nicolelis, que idealizou o exoesqueleto, foi homenageado pelo 'JB' em 2009

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Na cerimônia de abertura da Copa do Mundo de Futebol, a Arena Corinthians, o Itaquerão, em São Paulo, um jovem paraplégico e um cientista, ambos brasileiros, se destacaram. Isso porque coube ao jovem vestir um invento promissor: um exoesqueleto hidráulico controlado pelo pensamento de quem o estiver usando. 

Desenvolvido por um grupo de centenas de cientistas e pesquisadores de 25 nacionalidades, o chamado Projeto Andar de Novo é liderado pelo médico e cientista brasileiro Miguel Nicolelis. O projeto de desenvolvimento dessa espécie de armadura robótica recebeu recursos brasileiros, por meio da empresa pública Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O exoesqueleto que o mundo conheceu hoje recebeu o nome de BRA-Santos Dumont 1, em homenagem ao brasileiro considerado referência na aviação, a quem Nicolelis reserva o epíteto de “maior cientista brasileiro de todos os tempos”.  O objetivo do projeto é devolver o movimento às pessoas com paralisia, liberando-as do uso de cadeiras de rodas.

Atuando como neurocientista desde 1984, Miguel Nicolelis começou a pesquisar formas de restabelecer o controle motor e a sensibilidade tátil em pacientes com lesões medulares ou neurológicas em 2001, quando cientistas de várias partes já vinham tentando desenvolver uma veste robótica semelhante a BRA-Santos Dumont 1. Ao longo de mais de dez anos de pesquisa junto com vários outros especialistas, o grupo de Nicolelis conseguiu criar um mecanismo tecnológico que permite que uma pessoa emita sinais elétricos cerebrais que acionem um artefato robótico. Essa chamada interface cérebro-máquina foi a primeira etapa para o desenvolvimento do exoesqueleto.

Em 2009, Nicolelis foi homenageado pelo Jornal do Brasil num almoço no Bar das Artes, em São Paulo. O evento contou com as presenças de médicos, empresários e políticos.

Com Agência Brasil