Um tribunal líbio condenou à morte 45 milicianos acusados pelo assassinato de manifestantes opositores a Muammar Kadhafi durante as revoltas de 2011 contra seu regime, informou o Ministério da Justiça nesta quarta-feira (15).
Esta é a primeira vez desde o fim da revolta que derrubou o ditador Kadhafi que se condena à morte um número tão alto de pessoas em um só julgamento.
De acordo com um comunicado do ministério, o veredicto foi pronunciado contra 122 pessoas, todas detidas e julgadas neste caso.
A Corte Criminal de Trípoli leu a sentença na presença de advogados e familiares dos acusados, no caso conhecido como o "periférico Abu Slim", um bairro da capital líbia controlado pelo regime de Kadhafi e onde os manifestantes foram assassinados, anunciou o comunicado.
Houve 45 condenações à morte por fuzilamento, 54 penas de cinco anos de prisão e outros 22 acusados foram absolvidos pelo tribunal de apelações de Trípoli.
O caso remonta a 21 de agosto de 2011, início da "libertação" da capital líbia do regime de Kadhafi, seis meses após o começo de uma revolta popular para derrubá-lo.
As milícias pró-Kadhafi abriram fogo e mataram dezenas de manifestantes perto do bairro de Abu Slim.
Muammar Kadhafi foi capturado e assassinado pelos rebeldes em outubro de 2011 perto de sua cidade natal, Sirte.
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