As sanções americanas contra os países que compram armas russas devem ter exceções para se evitar que alguns deles caiam definitivamente nas mãos de Moscou, avaliou nesta sexta-feira o secretário da Defesa, Jim Mattis.
"A Rússia deve pagar por seu comportamento agressivo e desestabilizador, e por sua ocupação ilegal da Ucrânia (...) mas enquanto impomos sanções necessárias e merecidas, por sua atitude maliciosa, se torna imperativo conceder ao secretário de Estado a possibilidade de alterar a lei Caatsa", avaliou nesta sexta-feira o secretário americano da Defesa, Jim Mattis.
Em 2017, o Congresso adotou uma lei, apoiada tanto por republicanos como por democratas, visando castigar a Rússia por sua atitude na Ucrânia e sua ingerência nas eleições presidenciais americanas de 2016.
A lei, batizada de Caatsa (Counter America's Adversaries Through Sanctions Act), impõe sanções econômicas a qualquer organização do país que feche contratos de armamento com empresas russas.
Mas alguns legisladores temem que a lei coloque em risco as relações com países como a Índia e outros aliados asiáticos com os quais os Estados Unidos estão tentando reforçar seus vínculos há anos.
A Índia, o maior importador mundial em matéria de Defesa, compra tradicionalmente armas da Rússia e está negociando com Moscou a aquisição de sistemas de defesa antiaérea S-400.
Com exceções na aplicação da lei Caatsa se permitiria a alguns países "construir uma relação de segurança mais estreita com os Estados Unidos" e, ao mesmo tempo, limitar sua dependência de material militar russo, avaliou Mattis.
Segundo o secretário da Defesa, a questão é saber se Washington quer consolidar seus "sócios em regiões-chave ou permitir que não tenham outra opção que se voltar para a Rússia".