Os 450 migrantes que estavam a bordo de dois navios militares em águas italianas desembarcaram no domingo - informou nesta segunda-feira (16) o prefeito de Pozzallo, a cidade siciliana onde foram acolhidos.
"A terrível viagem dos migrantes que estavam há dias em dois navios na frente do porto de Pozzallo chegou ao fim à noite com seu desembarque", declarou Roberto Ammatuma, prefeito de Pozzallo, no sul da Sicília, citado pela agência AGI.
A decisão do governo italiano se seguiu ao compromisso de cinco países da União Europeia - França, Espanha, Portugal, Malta e Alemanha - de acolher 50 migrantes cada.
"Hoje, pela primeira vez, podemos dizer que os migrantes desembarcaram na Europa", comentou, com satisfação, a presidência do Conselho de Ministros.
"Os migrantes receberão toda ajuda necessária à espera de serem distribuídos entre os outros países europeus" que aceitaram acolhê-los, acrescentou a presidência do Conselho de Ministros.
Uma embarcação de madeira com 450 pessoas a bordo que havia partido da Líbia foi resgatada na madrugada de sexta-feira em águas internacionais, na zona de intervenção maltesa.
Em uma troca de mensagens, e-mails e telefonemas entre as autoridades de ambos os países, Roma tentou fazer Malta assumir a responsabilidade por esses migrantes.
Malta rebateu, alegando que a embarcação estava mais perto da ilha italiana de Lampedusa do que de seu próprio território, destacando que os migrantes não queriam a ajuda maltesa, e sim continuar seu caminho rumo à Itália.
Desde sábado de manhã, os dois navios militares, para os quais os migrantes foram levados, permaneciam próximo à costa siciliana, à espera de uma solução definitiva.
Doentes, mulheres e crianças foram autorizados a desembarcar em várias etapas entre sábado e domingo antes sinal verde para a saída dos demais, no domingo à noite.
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