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Detidos militantes de ultradireita na França por planejar atacar muçulmanos

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Dez pessoas que pertencem a movimentos de ultradireita foram detidas na noite de sábado no âmbiro de uma vasta operação na França, suspeitas de planejar atos violentos contra alvos muçulmanos.

Agentes da Direção Geral de Segurança Interna (DGSI) efetuaram várias detenções na Córcega (dois detidos) e na região parisiense, em Vienne e Charente-Marítimo (oeste), informaram à AFP neste domingo fontes coincidentes.

Entre os detidos está o suposto chefe da rede, Guy S., um policial aposentado, segundo fontes próximas das investigações.

Os suspeitos gravitavam em torno de um misterioso grupo vinculado com a ultradireita, denominado "AFO" (Ação de Forças Operacionais), comandado por Guy S., informou uma das fontes.

Os investigadores acreditam que os suspeitos tinham "um plano para passar à ação violenta ainda não definido, que visava pessoas de confissão muçulmana", segundo outra fonte próxima à investigação.

"Estavam organizados e relacionados entre si para, eventualmente, cometer atos violentos contra supostos alvos ligados ao islã radical", segundo uma das fontes.

As emissoras TF1-LCI reportaram, por sua vez, que os detidos pensavam agir principalmente contra imames radicais, islamitas egressos da prisão ou mulheres com véu, escolhidas ao acaso na rua.

Segundo a lei francesa, sua detenção pode se estender por até 96 horas.

Os suspeitos queriam conseguir armas, que alguns dos suspeitos já possuíam, segundo vários registros, indicou a fonte.

A operação, fruto de "numerosas vigilâncias", segundo o ministério do Interior, foi realizada no âmbito de uma informação judicial aberta em 14 de junho em Paris por "associação criminosa terrorista", informou uma fonte judicial.

Segundo notas da DGSI às quais a AFP teve acesso, na França está ocorrendo um ressurgimento da ultradireita com "pequenos grupos que competem entre si", "unidos" em torno da denúncia da "islamização da França" devido ao medo gerado pela ameaça jihadista.

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