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Confira cinco datas sobre o Paraguai

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Veja abaixo cinco momentos-chave da história do Paraguai, que celebra eleições presidenciais no próximo domingo (22).

- Do descobrimento à independência -

Em 1515 os espanhóis descobrem a região de Paraguai, povoada por indígenas guaranis.

De 1604 a 1767 o território é administrado pelos jesuítas, que estabelecem uma república cristã com missões administradas pelos índios.

Após uma guerra com os portugueses, o Paraguai adere ao vice-reino do Peru e mais tarde ao do Rio da Prata. Em 1811, fica independente da Espanha sem que haja derramamento de sangue.

- 1864-70: dizimado pela guerra -

Em 1864, Francisco Solano López, filho do ditador Carlos Antonio López (1844-1862), lançou seu país na "Guerra do Paraguai" (1865-70) contra Brasil, Argentina e Uruguai. O país é arrasado e, segundo as estimativas, perdem nesse conflito entre a metade e dois terços da população, sobretudo a masculina. Arruinado, o Paraguai tem que vender suas terras, reduzindo seu território a quase à metade.

O país recupera parte do território após a guerra do Chaco contra a Bolívia (1932-35), após a descoberta de petróleo nesta região disputada.

- 1954-89: a ditadura de Stroessner -

Em 1954, o general Alfredo Stroessner, chefe do exército, chega ao poder por meio de um golpe de Estado e dirige o país com mãos de ferro durante 35 anos com o partido Colorado, que domina a vida política do Paraguai quase sem interrupção desde 1947.

Segundo organizações de defesa de direitos humanos, entre 1.000 e 3.000 pessoas morreram ou desapareceram durante os 35 anos de ditadura de Stroessner.

- 1989: democracia -

Em 1989, Stroessner foi afastado do poder pelo general Andrés Rodríguez, que restabeleceu a liberdade de expressão, legalizou os partidos de oposição e permitiu o retorno dos exilados.

Em 1992, uma nova Constituição estabeleceu a eleição para presidente para um período de cinco anos sem possibilidade de reeleição.

- 2012: queda do primeiro presidente de esquerda -

Em 2008, o bispo Fernando Lugo, conhecido como "o bispo dos pobres", se torna primeiro homem que não pertence ao partido Colorado a assumir o poder desde 1947.

Seu mandato foi marcado pela multiplicação de pedidos de reconhecimento de filhos concebidos durante sua carreira eclesiástica, e pelo massacre de onze trabalhadores sem terra e de seis policiais em uma operação para desalojar os proprietários de um prédio agrícola, em um país em que o 2% da população possui 80% da terra.

Depois dessa chacina, o primeiro presidente de esquerda do país foi destituído em 2012 em julgamento político no Senado, que o acusou de "mal desempenho de funções", decisão classificada de "golpe de estado parlamentar" por Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela.

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