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Casos de asfixia após bombardeios do regime sírio em Duma (OSDH)

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Dezenas de casos de asfixia, alguns deles mortais, foram registrados após os bombardeios aéreos do regime sírio em Duma, o último bastião rebelde de Ghuta Oriental, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Os Capacetes Brancos, socorristas das zonas rebeldes, denunciaram o uso de "gás cloro tóxico", mas os meios estatais negaram qualquer responsabilidade do regime de Bashar Al Assad, denunciando uma "farsa" por parte dos rebeldes.

O OSDH, que conta com uma ampla rede de fontes no terreno, disse que não podia "confirmar nem negar" as acusações de ataques químicos.

No entanto, reportou ao menos 70 casos de dificuldades respiratórias e asfixias entre os civis presos em porões ou quartos com pouca ventilação, sem poder sair para tomar ar depois dos bombardeios, e detalhou que 11 pessoas - incluindo quatro crianças - tinham morrido nessas condições.

Após terem mencionado um primeiro ataque químico e o uso de "gás cloro tóxico", os Capacetes Brancos informaram em sua conta do Twitter de um segundo ataque, no sábado à noite.

"Famílias inteiras morreram asfixiadas nos porões, depois de que Duma foi alvo de gases tóxicos. Há 40 mortos e dezenas de feridos", indicaram os socorristas no Twitter.

A AFP não conseguiu confirmar os números com uma fonte independente.

As acusações coincidem com a retomada dos bombardeios, por parte do regime, contra Duma, última cidade de Ghuta Oriental controlada pelos rebeldes, neste caso do grupo Yaish Al-Islam.

No Twitter, o responsável do Yaish Al-Islam, Mohamed Alush, também mencionou "dezenas de mortos" em consequência da "inalação de gases tóxicos contra a cidade de Duma", informando, ainda, de centenas de feridos.

Uma "fonte oficial" citada pela agência Sana negou qualquer responsabilidade do regime, denunciando uma "farsa".

"O exército, que avança rapidamente e com determinação, não precisa utilizar nenhuma substância química", segundo a agência oficial.

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