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Justiça peruana decidirá se proíbe Kuczynski de sair do país

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A Justiça peruana avaliará neste sábado um pedido da Procuradoria de proibir a saída do país do ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski enquanto é investigado por suposta lavagem de dinheiro.

"O Sistema Especializado em Crimes de Corrupção de Funcionários realizará uma audiência de impedimento de saída do país para o ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski amanhã (sábado)", disse o poder judicial em sua conta no Twitter.

Explicou que esta solicitação surge "na investigação feita por suposto crime de lavagem de dinheiro".

A Justiça analisará este pedido um dia depois de o Congresso aceitar a renúncia de Kuczynski, provocada pelo escândalo envolvendo a empreiteira Odebrecht e vídeos sobre tentativas de comprar votos de legisladores.

Ex-banqueiro de Wall Street de 79 anos, Kuczynski é investigado pela Equipe Especial Anticorrupção da Procuradoria por pagamentos feitos pela Odebrecht por consultorias a duas empresas ligadas a ele, First Capital e Westfield Capital.

Em dezembro, a Odebrecht revelou que havia pago quase cinco milhões de dólares por essas consultorias quando Kuczynski era ministro do ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006).

Há uma semana, Kuczynski teve que depor ao procurador Hamilton Castro como testemunha na causa por um suposto suborno que a Odebrecht pagou a Toledo, alvo de um pedido de extradição aos Estados Unidos por parte da Justiça peruana.

Toledo é acusado de receber 20 milhões de dólares em propina para escolher a Odebretch para construir uma estrada na Amazônia.

Kuczynski renunciou na quarta-feira, um dia antes do Congresso votar uma moção para destituí-lo por ter mentido sobre seus laços com a Odebrecht.

Ele havia negado qualquer vínculo até que a empresa o desmentiu e revelou em dezembro os pagamentos pelas consultorias.