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Homem armado mantém reféns em supermercado na França

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Um homem que disse atuar em nome do grupo extremista Estado Islâmico (EI) abriu fogo e tomou várias pessoas como reféns nesta sexta-feira em um supermercado de Trèbes, perto de Carcassonne, Sul da França. Ao menos duas pessoas, de acordo com informações passadas por fontes da investigação à AFP

"Uma grande parte dos funcionários e clientes do Super U conseguiram escapar. Um oficial da gendarmeria de serviço está atualmente em contato com o agressor", acrescentou a fonte à agência.

Um marroquino radicalizado, de cerca de 30 anos, é suspeito de ser o autor do ataque. O homem também é suspeito de ter atirado e ferido no ombro um policial em Carcassonne, cidade que fica a 15 minutos de distância do supermercado posteriormente ocupado.  

O carro do mesmo homem que atirou em um policial em Carcassonne foi encontrado no estacionamento do supermercado de Trèbes. Um policial foi ferido a tiros no ombro, quando voltava da corrida com colegas perto do batalhão de Carcassonne, por volta das 9h30 GMT (6h30, em Brasília). Ele foi levado para o hospital e não corre risco. 

O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, afirmou que tudo leva a acreditar que o tiroteio seguido por uma tomada de reféns se trata de "um ato terrorista". "A seção antiterrorista do Ministério Público de Paris está reunindo todas as informações que temos no momento e elas sugerem que seria um ato terrorista", disse Philippe, que interrompeu a visita que fazia a Mulhouse, sem citar um número de reféns envolvidos.

A justiça antiterrorista assumiu a investigação do ataque, que o primeiro-ministro francês classificou como "sério".

Em Trèbes, o homem entrou às 11h15 (7h15 de Brasília) no supermercado SuperU e começou a disparar. Uma testemunha disse que o homem gritou "Alá Akbar" ao entrar no estabelecimento, segundo uma fonte das forças de segurança.

As autoridades locais anunciaram no Twitter que a área estava isolada e pediram à população que "facilite o acesso às forças de segurança".

Se o vínculo com o EI for confirmado, o ataque seria o primeiro desta dimensão desde a eleição do presidente Emmanuel Macron, em maio do ano passado.

A tomada de reféns acontece com a França ainda em estado de alerta, após a série de atentados desde o ataque contra a redação da revista satírica Charlie Hebdo em janeiro de 2015, que deixou 12 mortos. A onda de atentados extremistas deixou 238 mortos e centenas de feridos em 2015 e 2016. 

>> Veja os atentados ocorridos na França desde 2015

* Da AFP