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Morre suspeito de atentado contra premiê palestino em Gaza

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O principal suspeito de um atentado cometido contra o primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, em Gaza, na semana passada, morreu por causa dos ferimentos após ser detido nesta quinta-feira (22).

Hamdallah saiu ileso do ataque contra sua caravana em 13 de março, quando fazia uma visita ao enclave palestino, controlado pelo movimento islamita Hamas. Responsáveis palestinos denunciaram que se tratou de uma "tentativa de assassinato".

O Ministério do Interior em Gaza informou que o principal suspeito ficou ferido - assim como um cúmplice - na operação de sua detenção em Nuseirat, no centro do enclave.

Depois anunciou que ambos os suspeitos morreram por causa das feridas, e que um terceiro foi detido.

Dois membros das forças de segurança do movimento islamita morreram durante a operação, havia indicado antes um responsável de alto escalão do Hamas, Salah al-Bardawil.

Este incidente ocorre quando a Autoridade Palestina, comandada pelo presidente Mahmud Abbas e que exerce suas prerrogativas limitadas somente em partes da Cisjordânia ocupada por Israel, tenta retomar o controle de Gaza do Hamas, que tomou o enclave à força em 2007.

Um correspondente da AFP viu os corpos de dois membros do Hamas em um hospital e um oficial de Polícia no local confirmou as mortes, mas sob condição de anonimato.

Na segunda-feira, Abbas acusou o Hamas de estar diretamente envolvido no atentado, não reivindicado, e anunciou sanções contra o movimento islamita.

Na quarta-feira, o Hamas indicou que buscava o principal suspeito do ataque, e o identificou como Anas Abu Kusa, nascido em 1993.

Uma fonte de segurança do Hamas havia afirmado que os investigadores interrogavam três pessoas, entre elas dois membros dos serviços de Inteligência da Autoridade Palestina.

Outra fonte de segurança indicou que a bomba pode ter sido colocada por salafistas radicais.

Segundo um ministro do governo de Hamdallah, dois objetos explosivos de 15 quilos foram colocados em 13 de março na estrada. O segundo não explodiu.