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Um nome a mais na lista de russos mortos de forma suspeita nos Reino Unido

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O ex-diretor da companhia aérea russa Aeroflot Nikolai Glushkov se tornou o último exilado russo morto misteriosamente no Reino Unido.

Após o atentado com armas químicas contra o ex-espião russo Serguei Skripal em 4 de março, os parlamentares britânicos pediram ao governo a reabertura de 14 casos de mortes suspeitas em território britânico que não foram inteiramente esclarecidas, atribuídas à infartos, suicídios ou acidentes.

Veja sete desses casos:

- Nikolai Glushkov -

Encontrado morto em 12 de março de 2018.

A polícia britânica investiga sua morte como assassinato, porque a necropsia revelou que a causa do falecimento foi "compressão no pescoço".

Este ex-diretor da Aeroflot era próximo a Boris Berezovski, oligarca russo que se tornou um opositor do presidente russo Vladimir Putin, e foi encontrado enforcado no banheiro de sua casa em 2013.

Ele havia sido condenado a 8 anos de prisão na Rússia por fraude e desvio de fundos quando foi diretor da companhia.

Depois de cumprir sua condenação, obteve asilo político no Reino Unido.

- Boris Berezovsky -

O ex-oligarca russo Boris Berezovski, que se tornou um crítico feroz do Kremlin quando foi para o exílio, foi encontrado enforcado em março de 2013 em sua residência perto de Londres. Considerada "inexplicável" pela polícia britânica, sua morte causou dúvidas, embora seu entorno tenha admitido que ele estava deprimido nos últimos dias.

Ele fez fortuna com a privatização dos ativos estatais russos na década de 1990, após a queda da União Soviética, e com o controle do principal canal de televisão do país e da Aeroflot.

  

- Alexander Perepilichny -

O milionário russo Alexander Perepilitchny, de 44 anos, foi encontrado morto em novembro de 2012 em sua propriedade em Surrey, perto de Londres. A polícia primeiro indicou uma morte natural, mas testes adicionais reclamados pela companhia de seguros da vítima revelaram a presença em seu corpo de uma molécula relacionada à gelsemia, uma planta venenosa.

De acordo com a imprensa britânica, este empresário foi uma testemunha-chave no caso Magnitski, o advogado do fundo de investimento Hermitage Capital que morreu em 2009 em uma prisão de Moscou, depois de denunciar uma maquinação do poder russo.

- Badri Patarkatsishvili -

O georgiano Badri Patarkatsishvili morreu de repente em 2008, aos 52 anos, em sua casa, no sul de Londres. Primeiro aliado, depois inimigo de Putin.

Acredita-se que sua morte possa estar relacionada às lutas de poder em sua Geórgia natal. Embora primeiramente sua morte tenha sido atribuída a "causas inexplicadas", depois falou-se de uma patologia cardíaca.

Assim como Berezovsky, foi acusado de fraude e desvio de fundos. 

Meses após terminar em terceiro nas eleições presidenciais de 2008, e quando era o homem mais rico do país, foi encontrado morto. No mesmo dia, tinha encontrado Berezovsky e Glushkov.

- Gareth Williams -

Matemático do serviço de espionagem de escutas britânico GCHQ, Williams, de 31 anos, foi encontrado morto em agosto de 2010. 

Seu corpo nu foi encontrado dentro de uma bolsa fechada com cadeado. 

Dois especialista tentaram, sem sucesso, 400 vezes, se fecharem na bolsa com cadeado sem ajuda externa.

Foi descartada a hipótese de suicídio e concluiu-se que sua morte "foi provavelmente criminosa". Nenhum suspeito foi apontado. 

- Stephen Curtis -

Curtis foi diretor da Menatep, que teve grande participação na extinta empresa petroleira Yukos, controlada por Mikhail Khodorkovsky, preso e agora crítico do Kremlin no exílio na Suíça. 

Curtis, um advogado que também trabalhava para Berezovsky, morreu em 3 de março de 2004 na queda de seu helicóptero. A investigação apontou que o incidente foi acidental

- Scot Young -

Young, um rico promotor imobiliário britânico, atuou como laranja em vários negócios de Berezovsky, o que supostamente enfureceu o governo russo. 

Caiu em 8 de dezembro de 2014 do quarto andar de um edifício no bairro de Marylebone, no centro de Londres, e acabou empalado na cerca da casa. 

A polícia tratou sua morte como não suspeita. Contudo, o legista indicou que a morte não poderia ser registrada como suicídio porque não havia provas conclusivas sobre seu estado de ânimo e intenções quando caiu pela janela.