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Separatistas consideram líder preso para presidir a Catalunha

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Os partidos separatistas catalães se aproximam de um acordo para propor um candidato alternativo a Carles Puigdemont para a presidência regional, privilegiando Jordi Sánchez, um dirigente independentista preso há mais de quatro meses, anunciou um membro do Parlamento espanhol.

"Me consta que o acordo é iminente" e Sánchez "é uma opção (...) com que se estava trabalhando", declarou na noite de segunda-feira à rádio Cadena Ser Carles Campuzano, porta-voz do PDeCAT, partido conservador e separatista de Puigdemont.

No entanto, o menor dos partidos secessionistas, a CUP (extrema esquerda), advertiu nesta terça-feira que "ainda se está longe ou muito longe" de um acordo para a posse, disse em coletiva de imprensa seu porta-voz Carles Riera, destacando que a decisão sobre a postura final da formação será tomada por seu conselho político neste sábado.

Até agora, o único candidato era Puigdemont, suspenso da Presidência da Catalunha após a frustrada declaração de secessão desta região espanhola em 27 de outubro.

Com ele na cabeça, sua chapa foi a mais votada entre as dos separatistas nas eleições regionais de 21 de dezembro.

Puigdemont, em exílio voluntário na Bélgica, é investigado na Espanha por rebelião e sedição, e por isso corre o risco de ser preso se voltar à Espanha para ser empossado presidente regional, mas tampouco pode sê-lo à distância, segundo determinou o Tribunal Constitucional.

Desde o fim de janeiro, os três partidos separatistas majoritários, com maioria na Câmara regional, com 70 dos 135 assentos, tentam superar esse obstáculo.