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Trump propõe proibir dispositivo usado por atirador de Vegas

Os 'Bump stocks' fazem o fuzil dar rajada contínua

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se declarou, nesta terça-feira (20), favorável à proibição de dispositivos conhecidos como "bump stocks", usados pelo assassino de Las Vegas em 2017, e que permitem que um fuzil dispare rajadas como as armas semiautomáticas.

O republicano assinou um memorando que recomenda ao secretário de Justiça dos Estados Unidos, Jeff Sessions, propor uma legislação contra o mecanismo. "Assinei uma diretriz que solicita ao procurador-geral propor regulamentações com o fim de proibir todos os mecanismos que transformam armas legais em fuzis automáticos", disse Trump na Casa Branca.

Durante uma cerimônia com funcionários de serviços de emergência, o mandatário falou que espera que a nova regulação seja finalizada "muito em breve".

O debate sobre o acesso às armas nos Estados Unidos voltou à tona após o assassinato de 17 pessoas em uma escola da Flórida na última semana. No entanto, desde o ataque que levou à morte de 58 pessoas em Las Vegas, em outubro de 2017, o governo, os legisladores republicanos e até mesmo a Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês) tinham afirmado que estes equipamentos deveriam ser submetidos a um controle maior. Contudo, o Congresso não avançou no tema.

"Devemos superar clichês passados e debates cansados e focar em soluções baseadas em evidências e medidas de segurança que funcionem de fato e que facilitem os homens e mulheres que aplicam as leis a proteger as nossas crianças e a nossa segurança", disse Trump.

Os "bump stocks" podem ser facilmente adquiridos no país e são uma coronha móvel que usa a energia do recuo da arma para estimular um movimento vai e vem extremamente rápido no fuzil, cujos projéteis se recarregam no mesmo ritmo.

O atirador de Las Vegas, Stephen Paddock, que matou 58 pessoas, tinha 12 desses equipamentos no quarto de hotel de onde fuzilou as vítimas. Por mais que a posse de armas seja autorizada pela Constituição norte-americana, o tema continua sendo um dos assuntos mais controversos do país. Nesta segunda-feira (19), Trump deu um pequeno passo para um possível reforço do controle de armas nos Estados Unidos, principalmente ao respaldar um projeto de lei de alcance limitado, que procura aumentar a eficácia da base de dados nacionais sobre antecedentes criminais para impedir que as pessoas ali incluídas possam comprar armas.