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Papa Francisco pede mais esforços para garantir esperança e paz a refugiados

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Em seu tradicional pronunciamento de Ano-Novo, o papa Francisco convocou os líderes mundiais a fazer mais pelos refugiados e migrantes, a quem chamou de “os mais fracos e necessitados”.

A temática dos refugiados foi escolhida pelo pontífice como tema do 51º Dia Mundial da Paz da Igreja Católica, celebrado no primeiro dia do ano. Cerca de 40 mil pessoas acompanharam o discurso hoje (1º) na Praça São Pedro, no Vaticano.

“Por essa paz, a qual todos têm o direito, muitos deles estão dispostos a arriscar suas vidas em uma jornada que é muitas vezes longa e perigosa. Eles estão dispostos a enfrentar a tensão e o sofrimento”, disse Francisco.

O papa destacou que a paz é um direito de todos e defendeu um esforço coletivo para não abandonar as populações que deixam seus lares. “Por favor, não extingamos a esperança em seus corações, não sufoquemos suas esperanças de paz. É importante que da parte de todos – instituições civis, educacionais, assistenciais e eclesiais – exista o esforço de assegurar aos refugiados, aos migrantes e a todos um futuro de paz”.

A situação dos migrantes e refugiados tem feito parte das preocupações e da agenda do papa Francisco. Recentemente, o pontífice se reuniu com expatriados muçulmanos em uma viagem a Myanmar e Bangladesh. Na ocasião, pediu a lideranças a solução dos problemas que causaram as saídas dessas pessoas de suas cidades.

Consumismo

Em outro discurso no primeiro discurso do ano, durante missa na Basílica de São Pedro, o papa questionou o consumismo da sociedade e pediu que os fiéis pratiquem o silêncio como forma de reflexão sobre o tema. “Reservar cada dia um tempo de silêncio com Deus é guardar a nossa alma, é guardar a nossa liberdade das banalidades corrosivas do consumo e dos aturdimentos da publicidade”.

Papa pede que todos tenham 'coração de mãe'

O papa Francisco pediu que todos tenham um "coração de mãe" durante o novo ano que se inicia. "Que a fé não seja reduzida apenas a uma ideia ou a uma doutrina. Nós temos necessidade, todos temos, de ter um coração de mãe que sabe proteger a tenacidade de Deus e escutar as necessidades dos homens", disse aos fiéis durante a celebração de Maria Santíssima.

O líder católico também pediu que a Igreja seja como Maria porque "o dom de cada mãe e de cada mulher é tão precioso para a Igreja, que é mãe e mulher". "E enquanto o homem, muitas vezes, abstrai, afirma e impõe ideias, a mulher, a mãe, sabe proteger, ligar ao coração e vivificar", acrescentou.

Em outra passagem da homilia, o Pontífice pediu ainda que todos sejam amados. "Cada vida, daquela do ventre da mãe aos idosos, dos sofredores e doentes, até aquelas incômodas e as repugnantes, deve ser acolhida, amada e ajudada", disse ainda.

"Também nós, cristãos em caminho, sentimos no início do ano a necessidade de recomeçar do centro, de deixar para trás os fardos do passado e recomeçar com o que importa. Para recomeçar, olhemos para a Mãe. No seu coração, bate o coração da Igreja.

Para andar adiante, diz a festa de hoje, é preciso voltar: recomeçar do presépio, da Mãe que tem Deus nos braços. A devoção de Maria não é uma etiqueta espiritual, é uma exigência da vida cristã", ressaltou.

Com Agência Brasil e ANSA