A visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, à Israel foi adiada "em alguns dias", segundo fontes ligadas ao governo israelense informaram à imprensa local nesta quinta-feira (14).
Pence iria ao país entre os dias 17 e 19 de dezembro, mas a visita teria sido adiada por conta de votações no Congresso.
Porém, com a tensão elevada na região por conta do reconhecimento norte-americano de Jerusalém como capital de Israel, os motivos do cancelamento podem levar em conta à segurança.
Depois do anúncio, ocorrido em 6 de dezembro, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, informou que não receberia mais Pence pela decisão sobre Jerusalém "ultrapassar todos os limites" e pelos EUA "não serem mais os líderes do processo de paz".
Até mesmo o guardião das chaves do Santo Sepulcro, o muçulmano Adib Joudeh al-Husseini, informou que não receberia o vice-presidente como forma de protesto pela decisão de Trump.
Além dos palestinos, todas as lideranças muçulmanas do mundo, bem como as Nações Unidas e a União Europeia, criticaram a decisão de Trump e disseram que ela atrapalha a tentativa de encontrar paz para o Oriente Médio.
- Hamas ameaça mais ataques: O chefe político do grupo radical palestino Hamas, Ismail Haniyeh, convocou os moradores da região a fazer de toda a sexta-feira "um dia de raiva" contra Israel, com protestos e greves.
"Trabalharemos para que a administração norte-americana mude essa injusta declaração. O nosso objetivo é romper com a posição norte-americana e derrubaremos a decisão de Trump de uma vez por todas", disse Haniyeh.