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Oposição exige recontagem de votos em Honduras por fraude

Eleições do último dia 26 de novembro causaram polêmica no país

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O candidato presidencial da oposição de Honduras, Salvador Nasralla, pediu nesta quinta-feira (7) que seja realizada uma nova contagem dos votos registrados nas eleições do último dia 26 de novembro, ou a repetição da votação.

Nasralla reafirmou que não reconhece o resultado, que garantiu a vitória do atual presidente do país, Juan Hernández. De acordo com os dados, Hernández conquistou 42,98% dos votos contra 41,39% do opositor.

"A nossa posição é clara: que um tribunal internacional reveja os registros das 18.128 mesas eleitorais, sem qualquer participação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que só deve entregar o material que possui, cédulas e registros de votação", disse o candidato opositor.

A eleição de Hernández causou polêmica em Honduras. Os opositores acusam a contagem de manipulação pró-Hernández, já que no primeiro dia de apuração, Nasralla apareceu com 5% de vantagem com mais de dois terços das urnas apuradas.

No entanto, no dia seguinte, inexplicavelmente, a apuração foi paralisada e retomada 24 horas depois. Nesse momento, Hernández apareceu na liderança do pleito.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) disse nesta quarta-feira (6) em comunicado que pode pedir uma nova eleição em Honduras se quaisquer "irregularidades" minarem a credibilidade dos resultados da votação, que desencadeou uma crise no país da América Central.

Além disso, a OEA pediu a restituição imediata de direitos constitucionais como a liberdade de movimento. O governo hondurenho impôs um toque de recolher na semana passada, quando ocorreram protestos devido à contagem dos votos.

Por sua vez, a porta-voz do Alto Comissariado da União Erro disse que as autoridades eleitorais de Honduras devem "responder a possíveis queixas e até ao pedido de um segundo processo transparente de contagem dos votos". A votação de 26 de novembro começou em clima muito tenso dado que Hernández não poderia concorrer à reeleição. No entanto, o então mandatário entrou com um pedido na Corte Suprema para poder disputar o pleito.