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'Giro d'Italia é cúmplice da ocupação israelense', diz OLP

Entidade palestina criticou organização da prova de ciclismo

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Após ter sido criticado por Israel, o Giro d'Italia, uma das principais provas do ciclismo mundial, virou alvo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que acusou a competição de "legitimar a ocupação de Jerusalém".

A polêmica começou na última quinta-feira (30), quando o governo israelense ameaçou retirar seu patrocínio à edição de 2018 da corrida, que terá suas três primeiras etapas no país, depois de seu site oficial ter usado o termo "Jerusalém Ocidental".

"Jerusalém é capital de Israel. Não existe Ocidental e Oriental. Jerusalém é uma cidade unificada", criticou Israel por meio de uma nota. Depois da reação, a organização do Giro d'Italia removeu o termo de sua página.

No entanto, o fato de os responsáveis pela prova terem cedido à pressão irritou palestinos, que os acusaram de apresentar Jerusalém como uma "cidade unificada e sob a soberania israelense".

"O Giro servirá apenas para legitimar a anexação de Jerusalém e distorcer a autenticidade e o caráter da cidade. Organizando um evento do gênero, o Giro se faz cúmplice da ocupação militar israelense", afirmou a ativista Hanan Ashrawi, em nome da OLP, por meio de uma nota.

Filha de um dos fundadores da entidade, ela ainda pediu para o Giro desistir de "agradar Israel às custas dos direitos humanos fundamentais e da liberdade". Já a Embaixada da Palestina na Itália emitiu um comunicado dizendo que a prova "cedeu à chantagem" israelense e lamentando a "politização" da corrida.

A edição de 2018 da competição acontecerá entre os dias 4 e 27 de maio e levará os ciclistas para além das fronteiras da Europa pela primeira vez.