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Com Assad, Putin diz que luta ao terrorismo está quase no fim

Presidentes se reuniram em encontro na cidade russa de Sóchi

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu nesta segunda-feira (20) seu homólogo sírio, Bashar al-Assad, em um encontro para discutir a luta contra o terrorismo no Oriente Médio. A reunião não havia sido informada pelo governo e nem constava na agenda oficial.

De acordo com o site "Russia Today", os dois se reuniram em Sóchi e o mandatário russo afirmou que a "luta contra o terrorismo na Síria está próxima do fim". Putin ainda afirmou que deseja que o processo político para a saída de Assad do poder seja feito "sob a égide das Nações Unidas", desejando que a ONU torne-se "parte ativa" no processo.

Sobre a criação de áreas no país onde o conflito e/ou os ataques aéreos da coalizão internacional não são permitidos, Putin afirmou, segundo a agência russa "Tass", que essas restrições "serviram para um início real e profundo do diálogo com a oposição pela primeira vez em muito tempo".

Por sua vez, o líder sírio afirmou que seu governo "acolhe aqueles realmente interessados em uma solução política na Síria, com os quais estamos prontos para dialogar".

"Nesse período, grandes sucessos foram atingidos, ambos diretos no campo de batalha como em termos políticos. Muitas áreas da Síria foram libertadas dos terroristas, e os sírios que foram forçados a deixá-las antes, puderam voltar para essas áreas", disse Assad.

Nesta terça-feira (21), o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, confirmou o encontro e informou que ele durou quase três horas.

Ele ainda informou que os dois debateram frente a frente as questões mais complicadas do confronto sírio e ainda se reuniram com outros membros de alto nível dos dois países.

Ainda conforme Peskov, Putin telefonará para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e para o rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz al-Saud, para informar sobre os temas militares debatidos com Assad.

Diferentemente de Putin, que trata o presidente sírio como um aliado, Trump - e a maior parte dos governos Ocidentais - considera o líder um ditador e o acusa de fazer ataques químicos contra a população que se opõe a ele.

No entanto, desde 2015, a Rússia é "parceira" do governo sírio e faz ataques aéreos contra os terroristas do Estado Islâmico (EI) e do Frente al-Nusra, mas também contra os "rebeldes", como são chamados os grupos armados que lutam contra Assad.