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Mugabe teria aceitado renunciar à Presidência, diz emissora

Presidente do Zimbábue teria fechado acordo com militares

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O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, teria fechado um acordo com os militares para apresentar sua renúncia ainda nesta segunda-feira (20), informa a emissora norte-americana "CNN".

De acordo com uma "fonte que tem conhecimento das negociações sobre o futuro de Mugabe", esse pacto incluiria a imunidade total para o mandatário e para sua esposa, Grace.

Neste domingo (19), o partido da União Nacional Africana do Zimbábue -Frente Patriótica (Zanu-PF) anunciou a destituição do então presidente do cargo. A sigla governista ainda deu um ultimato de 12 horas, que venceu nesta manhã, para que ele renuncie ao posto para evitar um processo de impeachment no Parlamento.

Apesar da ordem, o ditador de 93 anos fez um pronunciamento na TV dizendo que não iria deixar o cargo e que iria liderar o Parlamento do país.

Mugabe está em prisão domiciliar desde o dia 15 de novembro após as Forças Armadas darem uma espécie de "golpe" no governo. A ação, que os militares negam ser um golpe de Estado, foi uma resposta à destituição do então vice-presidente, Emmerson Mnangagwa.

O presidente acusava seu vice de ter um plano para tirá-lo do poder e, por conta disso, demitiu outros 100 funcionários do governo e expulsou Mnangagwa do Zanu-PF. No entanto, a manobra foi vista como uma forma de Mugabe se perpetuar no poder através da posse de sua esposa, Grace, no cargo de mandatária.

Nascido em 1924, Mugabe assumiu o cargo de premier na primeira eleição do Zimbábue após o fim da ocupação britânica, em 1980, e depois virou presidente. Ele não fez nenhum sucessor e afirmou por diversas vezes que iria governar o país "até morrer".