O distrito romano de Ostia, na Itália, voltará a ter um governo eleito após a vitória de Giuliana Di Pillo, do Movimento Cinco Estrelas (M5S), no pleito deste domingo (19).
A representante do opositor M5S, mesmo partido da prefeita de Roma, Virginia Raggi, obteve 59,7% dos votos. "É a vitória de todos os cidadãos e da vontade de renascimento.
A partir de amanhã, começarei a arregaçar as mangas para dar confiança a todos aqueles cidadãos que estão desiludidos", escreveu em sua conta no Twitter.
Raggi também comemorou a vitória de De Pillo nas redes sociais e afirmou que "os cidadãos voltaram a ser protagonistas".
No entanto, apesar da comemoração, apenas 33,6% dos moradores - praticamente um em cada três - foram às urnas nas novas eleições deste domingo. O número é ainda menor do que o registrado no primeiro turno, que contou com apenas 36,1% de participação.
Ostia voltou às urnas por conta da dissolução do governo anterior, em 2015, pela Itália.
Uma investigação mostrou que os líderes distritais tinham estreitas ligações com as famílias mafiosas Fasciani, Triassi e Spada. Todas elas tiveram seus expoentes condenados por ligação com o crime organizado, mas mantinham relações com membros do governo.
Além disso, a eleição na cidade virou notícia na Itália inteira por conta da expressiva vitória do partido fascista CasaPound no primeiro turno. Em um dos episódios mais marcantes das última semanas, um suposto membro do partido agrediu um repórter que fazia a cobertura da cidade.
Outro momento de ataque na cidade, não reivindicado por ninguém, foi contra a sede do governista Partido Democrático (PD), que teve a porta queimada.
Agora, De Pillo governará o distrito com um novo Conselho Distrital, que conta com 15 conselheiros do M5S e nove opositores: dois representantes do Fratelli D'Italia, dois do Força Itália, dois do PD, um do CasaPound, um da lista cívica Bozzi presidente e um do Laboratório Cívico X.