Matéria publicada nesta segunda-feira (2) pelo jornal norte-americano The New York Times conta que 150 médicos cubanos estão contestando o acordo firmado entre Cuba e o Brasil, exigindo ser tratados como contratados independentes que ganham salários completos, e não agentes do Estado cubano.
Times acrescenta que em um raro ataque de desafio coletivo, dezenas de médicos cubanos que trabalham no exterior para ganhar dinheiro com suas famílias e seu país estão processando, exigindo a libertação do que um juiz chamou de "forma de trabalho escravo".
Milhares de médicos cubanos trabalham no exterior sob contratos com as autoridades cubanas. Países como o Brasil pagam ao governo comunista da ilha milhões de dólares todos os meses para prestar os serviços médicos, tornando efetivamente os médicos a exportação mais valiosa de Cuba.
Mas os médicos recebem apenas uma pequena parte desse dinheiro, e um número crescente deles no Brasil começou a se rebelar.
"Quando você sai de Cuba pela primeira vez, você descobre muitas coisas que você não fazia ideia", disse Yaili Jiménez Gutierrez, um dos médicos que apresentaram processo.
"Chega um momento em que você se cansa de ser um escravo".