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'Financial Times': Trump faz um perigoso jogo de divisão racial

Artigo comenta polêmica em jogos da NFL

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Texto publicado nesta quarta-feira (27) pelo Financial Times opina sobre a polêmica que começou na sexta-feira (22) durante um discurso, quando o próprio Trump chamou de “filho da puta” Colin Kaepernick, um jogador afro- americano da NFL que há um ano começou a ajoelhar ao ouvir o hino nas partidas em sinal de protesto pela violência policial contra os negros nos Estados Unidos. 

Times afirma que muitos outros jogadores seguiram seu exemplo, e o gesto dividiu o país: de um lado, os que consideram que foi uma falta de respeito ao sentimento patriótico; de outro, os que afirmam que se tratou de outra prova da santa liberdade de expressão norte-americana.

O diário acrescenta que o insulto de Trump, que veio acompanhado de outro ataque contra Stephen Curry, estrela da NBA, provocou uma onda de reações entre donos e membros da NFL. Os proprietários de alguns times e outros jogadores também protestaram contra Trump.

Para FT o que intensifica o debate é a dúvida se ele é de fato um racista. Alguns argumentam que Trump é meramente um cínico que usa os tweets mais absurdos, muitas vezes racialmente carregados, para outros fins. Outros acreditam que ele é racialmente motivado. O debate talvez nunca seja resolvido. 

O periódico diz que o que Trump acredita em particular não tem importância. Suas palavras consistem constantemente em divisões raciais e o ajudaram a conquistar a presidência. Se ele compartilha esses sentimentos de forma privada, não está aqui nem lá. O fato do presidente dos Estados Unidos estar conscientemente impulsionando o racismo é tudo o que precisamos saber.

>> Financial Times