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Mais de 60 milhões vão às urnas para definir futuro da Alemanha

Extrema-direita pode voltar ao poder pela 1ª vez desde o nazismo

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O partido da chanceler alemã Angela Merkel, a União Democrata-Cristã (CDU), em coalizão com o União Social-Cristã (CSU), conquistou 32,5% dos votos, segundo pesquisa de boca de urna divulgada neste domingo (24).

Os mais de 61,5 milhões de alemães foram às urnas para eleger os representantes do Bundestag, o Parlamento do país, que nomeará o novo chanceler nos próximos 30 dias.

O Partido Social-Democrata (SPD), do líder Martin Schulz, deve conquistar 20% dos votos. Como terceira força, aparecem os representantes da sigla de extrema-direita e ultranacionalista do Alternativa para a Alemanha (AFD) com 13,5%.

O temor de Schulz, assim como o de Merkel e da comunidade internacional, é um grande avanço do Alternativa para a Alemanha (AFD). Se os resultados se confirmarem, essa será a primeira vez desde 1945 - após a queda do nazismo - que ao menos um deputado de extrema-direita volta ao Parlamento do país. "Estamos no Bundestag e mudaremos o país", comemorou o candidato principal da lista do AFD, Alexander Gauland.

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Ainda se os números foram confirmados, apesar de uma leve tendência de aumento, a CDU de Merkel teria uma grande derrota na comparação com àquela de 2013, quando obteve 41,5% dos votos.

Já o Partido Liberal Democrático (FDP) tem 10,5% dos votos, os Verdes tem 9,5% e o A Esquerda teve 9%. 

Foram abertas às 8h (3h no horário de Brasília) as urnas das eleições na Alemanha neste domingo (24). A votação, que segue até às 18h (13 no horário de Brasília), segue sem incidentes. A chanceler Angela Merkel votou e não falou com a imprensa.