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Pyongyang desloca míssil para costa; Putin defende diálogo

Presidente russo disse que solução militar seria 'catastrófica'

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A Coreia do Norte está posicionando em sua costa um míssil balístico intercontinental (ICBM), o que comprovaria as suspeitas dos serviços de inteligência sul-coreanos de que o regime de Pyongyang se prepara para um novo lançamento.

A informação foi divulgada nesta terça-feira (5) pela mídia de Seul, como o "Asia Business Daily", citando fontes anônimas. A operação teria começado ontem, com o deslocamento durante a noite do míssil, para evitar que satélites espiões pudessem detectar a movimentação.

As autoridades da Coreia do Sul estão se preparando para um lançamento do ICBM a qualquer momento, apesar de acreditarem que isso possa ocorrer nos dias 9 de setembro - aniversário da fundação do Estado da Coreia do Norte - ou 10 de outubro, data da criação do Partido dos Trabalhadores.

Nesta segunda, o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu em caráter de emergência para analisar o teste nuclear com uma bomba de hidrogênio realizado pela Coreia do Norte no fim de semana e o qual provocou um terremoto de 6,3 graus.

De acordo com ONU, este foi o maior e mais potente teste nuclear já realizado. Por isso, os países membros do Conselho, como os Estados Unidos, exigiram medidas drásticas contra Pyongyang. Mas o presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que novas sanções serão "ineficazes" e "inúteis".

"Aumentar a histeria militar em tais condições não faz sentido, é um caminho sem volta. Poderia levar a uma catástrofe global, planetária, a uma enorme perda de vidas humanas", disse Putin. "Para resolver a questão nuclear norte-coreana, não há outra saída a não ser o diálogo pacífico", defendeu, como já havia proposto na semana passada.