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Bombardeios em Raqqa matam 170 civis sírios em uma semana

Coalizão internacional, Rússia e curdos tentam expulsar EI

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Bombardeios da coalizão internacional em Raqqa mataram 167 civis, sendo 59 crianças, em apenas oito dias, de acordo com uma denúncia feita hoje (22) pela ONG Observatório Nacional para os Direitos Humanos na Síria (OSDH).

Liderados pelas Forças Armadas dos Estados Unidos, os ataques dão apoio aos militantes curdos que avançam para libertar Raqqa do grupo extremista Estado Islâmico (EI). Segundo a ONG, 27 pessoas morreram no último domingo (20) e mais 42 faleceram ontem. A entidade acredita que esse balanço subirá, já que dezenas de civis estão feridos em estado grave.

A coalizão internacional intensificou seus bombardeios nos últimos dias para ajudar as Forças Democráticas Sírias (SDF), compostas por curdos, que lutam contra os jihadistas na cidade que é considerada a "capital" do EI no país. As milícias já conseguiram liberar quase metade do território urbano de Raqqa.

A Rússia, que também atua militarmente na Síria contra o EI, mas reconhece o governo do ditador Bashar al-Assad (criticado pelo Ocidente), tem aumentado os mísseis na região, assim como a coalizão. Foram lançadas 316 missões de Moscou para disparar 819 mísseis nos últimos cinco dias. "Para eliminar os terroristas que tentam fugir para Deir ez-Zor, a intensidade dos mísseis foi aumentada para 60-70 ao dia", disse o general Serghei Rudskoy, do Estado-Maior russo, citado pela agência Tass.