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Catar diz que exigências de países árabes são 'inadmissíveis'

Países se reunirão nesta quarta (5) para examinar crise com Doha

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A Arábia Saudita e seus aliados, que romperam relações com o Catar, confirmaram nesta quarta-feira (5) que receberam a resposta do país sobre às exigências impostas para pôr fim à crise diplomática no Golfo.

De acordo com o ministro do Exterior do Catar, xeque Mohammed ben Abderrahmane al-Thani, a lista apresentada pelo grupo de países árabes é irrealista e inadmissível.

No último dia 5 de junho, a Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Bahrein cortaram relações diplomáticas com o Catar, após acusarem o país de apoiar o terrorismo. Na ocasião, os países também exigiram o fechamento da emissora de televisão Al Jazeera, de uma base militar da Turquia no Catar e a redução das relações com o Irã.

O Catar, que nega as acusações de apoio ao terrorismo, respondeu na segunda-feira (3) às exigências em uma mensagem enviada ao Kuwait, país que atua como mediador na crise. Riad e seus aliados confirmaram que receberam a resposta, mas não revelaram o conteúdo da mensagem.

Nesta quarta (5), a Arábia Saudita e seus aliados vão se reunir no Cairo para decidir os próximos passos em relação a Doha e analisar a resposta oficial à lista. O encontro contará com a presença dos chefes da diplomacia saudita, dos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito. A reunião acontecerá após o término do ultimato estabelecido pelos quatro países ao Catar para que aceitasse suas exigências.

Inicialmente o prazo estabelecido era de 10 dias, mas foi ampliado por mais 48 horas. Por sua vez, as autoridades de Doha rejeitaram as acusações de apoio ao terrorismo. "Isso [a lista de exigências] não tem que ver com terrorismo, mas com acabar com a liberdade de expressão", afirmou Abderrahmane al-Thani.