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Com discurso 'a la Trump', May quer globalização para todos

Premier britânica afirmou que Brexit dará futuro brilhante

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A primeira-ministra da Grã-Bretanha, Theresa May, fez um discurso forte nesta quinta-feira (19) durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, e pediu que o mercado internacional tenha regras com uma globalização para todos.    

"Eu quero lançar um manifesto para a mudança que responda as preocupações e mostre que a política 'mainstream' pode entregar às pessoas o que elas precisam. Porque falar em uma maior globalização pode fazer com que as pessoas fiquem com medo. Para muitos, isso significa que seus empregos serão terceirizados e cortados", disse May.    

Segundo a premier, é preciso que as maiores empresas do mundo comecem a "compartilhar" os lucros que tem com a globalização com as comunidades e as pessoas mais simples. "Sim à globalização e ao livre comércio, mas precisamos mostrar que elas precisam funcionar para todos", acrescentou.    

May ainda lembrou que "por toda a Europa, os partidos de extrema-direita e extrema-esquerda estão explorando o sentimento de medo" das populações mais pobres e simples, o que significa "que a globalização não está servindo para eles".    

Muitos analistas apontam que o discurso da líder do governo britânico é muito parecido com aqueles feitos por Donald Trump, em que o magnata critica a globalização e ameaça sobretaxar os produtos importados que vem de outros países, como os carros que vem do México ou os produtos da China.    

Ao tocar no tema Europa, May seguiu a "linha Trump" e afirmou que agora, com a saída da nação da União Europeia, o chamado "Brexit", seu país "tem uma oportunidade única para assumir uma liderança mundial de livre comércio e do mercado livre para construir uma Grã-Bretanha verdadeiramente global".    

Falando em Brexit, a premier alertou que o país precisa estar preparado para "uma negociação dura", que consiga estabelecer "um papel" para os britânicos em escala global e revisando uma série de acordos comerciais que "não vão ser limitados à Europa, mas vão além". Para ela, "fora da União Europeia nos espera um futuro mais brilhante".