O Exército sírio voltou a bombardear a cidade de Aleppo, na Síria, nesta sexta-feira (9), enquanto a Rússia afirmou que a ofensiva vai durar até que todos os rebeldes sejam expulsos.
As tropas haviam suspendido os ataques na última quinta-feira (8), quando Moscou anunciou uma pausa para evacuar os civis da cidade, cuja maior parte já fora reconquistada pelas forças leais ao presidente Bashar al-Assad.
Neste sábado (10), mais de 20 mil civis foram evacuados da região leste de Aleppo, e nas últimas 48 horas, mais de 50 mil pessoas puderam deixar as áreas atacadas, segundo o porta-voz do Ministério de Defesa russo, Igor Konashenkov. "O centro russo para a reconciliação organizou a evacuação de civis das partes orientais de Aleppo para áreas de segurança da cidade através dos corredores humanitários perto de Karim El-Hun e Mahayar", disse ele.
Na manhã deste sábado, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou que "os bombardeios indiscriminados" realizados pelo Exército sírio em Aleppo podem ser considerados "crimes contra a humanidade e crimes de guerra".
Kerry está em Paris e participa de um encontro com representantes de 10 países ocidentais e árabes que apoiam a oposição síria. Os participantes analisam a situação de Aleppo e discutem a possibilidade de uma solução política do conflito sírio.