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Assad comemora reconquista da cidade de Aleppo

Presidente sírio, porém, disse que "guerra não acabou"

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O presidente sírio, Bashar al-Assad, disse hoje (8) que a reconquista da cidade de Aleppo é "uma vitória", mas "não significa o fim da guerra" no país.

"A guerra não terminará até que o terrorismo seja eliminado", disse Assad, em entrevista ao jornal sírio "Al Watan". A Cidade Velha de Aleppo, cuja parte histórica é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade, foi reconquistada ontem (7) pelas forças militares do governo sírio, as quais controlam agora 80% dos bairros.

O local estava sob domínio de grupos rebeldes, opositores ao regime de Assad, que está há 16 anos no poder. No entanto, os Estados Unidos, que também guiam militares na Síria contra grupos terroristas como o Estado Islâmico (EI), acusaram o regime de Assad e a Rússia de impedirem a chegada de ajuda humanitária, de atacarem estruturas civis e de usarem armas químicas. 

De acordo com a imprensa síria, as forças leais a Assad conquistaram toda a "Cidade Velha de Aleppo" e chegaram a uma distância de 10 quilômetros dos rebeldes, que admitiram partir em retirada. Um dos líderes da facção rebelde pediu uma trégua de cinco dias para permitir a evacuação de civis em graves condições de saúde.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 200 mil civis estejam ainda em Aleppo, apesar dos confrontos e ataques entre rebeldes e forças governistas. Na área onde estão os rebeldes, não há hospitais e os civis sofrem com a escassez de alimentos e água. Nem bolsas plásticas para enterrar os mortos há.