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Michael Moore publica segunda lista de coisas a fazer após eleição de Trump

Cineasta sugere desobediência civil, se necessário, e esforços para impeachment

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O cineasta Michael Moore fez uma publicação em sua conta nas redes sociais na tarde desta quinta-feira (10), com uma segunda lista sobre o que fazer após a eleição de Donald Trump, com passos que vão desde a formação de um movimento de resistência até o impeachment. Moore tinha alertado em julho que o magnata venceria Hillary Clinton, e que os norte-americanos que não acreditavam nisto precisavam sair da "bolha". 

Na lista divulgada na quarta-feira (9), a "Morning After To-Do List", ele havia feito cinco sugestões. Na desta quinta, a "Day Two's To-Do List", fez outras sete.

A formação rápida e decisiva de um movimento de oposição é o primeiro ponto desta nova publicação. "Eu vou fazer a minha parte para ajudar a liderar isto como estou certo que muitos outros (Bernie, Elizabeth Warren, MoveOn, a comunidade hip-hop, DFA, etc.) também vão. O coração desta força opositiva deve ser impulsionado por uma juventude que, como com o Occupy Wall Street e o Black Lives Matter, não toleram bobagens e são implacáveis em sua resistência à autoridade", escreveu o cineasta. "Eles não têm interesse em firmar compromisso com racistas e misógenos."

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O impeachment de Trump vem em seguida, "da mesma forma que os republicanos já estavam planejando fazer com Hillary desde o primeiro dia", organizando o aparato necessário quando ele descumprir legislações. 

A terceira coisa da lista de Moore é se empenhar desde já para uma luta vigorosa, incluindo desobediência civil, se necessário, para evitar qualquer nomeação de Trump à Suprema Corte que não vá de encontro à aprovação, exigindo dos democratas no Senado uma obstrução a nomes que critiquem, por exemplo, os direitos das mulheres, dos imigrantes e dos pobres. "Isto é inegociável."

Um pedido de desculpas do comitê nacional democrata a Bernie Sanders é o quarto item da lista, pelas ações adotadas nas primárias contra ele, por incentivar a mídia a ignorar sua campanha histórica, por passar a Clinton com antecedência os questionamentos do debate em Flint, pela tentativa de tirar votos dele devido a convicções religiosas e pela idade, e pelo antidemocrático sistema de superdelegados. "Todos sabemos hoje que se Bernie tivesse recebido uma competição justiça, provavelmente teria sido nomeado e -- como o verdadeiro outsider e candidato da 'mudança' --poderia ter inspirado a base e derrotado Donald Trump."

Moore também destaca a necessidade de exigir que o presidente Obama estabeleça um promotor especial para investigar quem e o que está por trás da "interferência ilegal" do diretor do FBI James Comey na eleição presidencial.

No sexto item, Moore sugere aproveitar enquanto ainda está fresco na mente de todos a necessidade de corrigir o "quebrado" sistema eleitoral para iniciar um impulso nacional, a partir de alguns passos: eliminar o Colégio Eleitoral e deixar apenas o voto popular; uso exclusivo de cédulas de papel, sem voto eletrônico; Dia Eleitoral transformado em feriado para todos, ou então realizado no final de semana para permitir que todos votem; e direito a voto a todos os cidadãos. O cineasta destaca que em estados como a Flórida e Virgínia, de 30% a 40% dos homens negros foram proibidos por lei de votar. 

Por último, Michael Moore  sugere convencer o presidente Obama a imediatamente fazer o que deveria ter feito há um ano, enviar o Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos para Flint, para desenterrar e substituir tubos envenenados, já que a água do local continua inutilizável.