Matéria publicada nesta sexta-feira (28) no Le Monde aponta um novo recorde de mortes de imigrantes registado pelo Observatório Internacional de Migração (OIM).
Segundo a reportagem cinco mil duzentos e trinta e oito migrantes morreram em todo o mundo desde 1 de Janeiro de 2016, ou seja, 951 a mais que no mesmo período de 2015, de acordo com relatório.
Le Monde acrescenta que a maioria (3930) deles morreram no mar Mediterrâneo "enquanto tentavam chegar à Europa", por desidratação, hipotermia, em naufrágios ou asfixiados pela fumaça de combustível.
"Durante a semana passada, mais de 280 migrantes morreram ou desapareceram ao tentar ir da Itália para a Líbia", descreve o relatório da IOM. Com base nestes valores, a organização calcula uma média de treze migrantes mortos por dia.
> > Le Monde Plus de 5 200 migrants sont morts dans le monde depuis le mois de janvier
O jornal francês ressalta que um alto Comissariado da agência de refugiados da ONU (ACNUR) anunciou nesta quarta-feira (26) um balanço diferente, onde apontava mais de 3 800 mortes no Mediterrâneo desde janeiro, ressaltando que este é um novo recorde em comparação a 2015.
O diário observa que este ano diminui o número de pessoas que tentaram a perigosa travessia pelo mar. No ano passado, mais de um milhão de pessoas tentaram chegar à Europa por barco, enquanto este ano foram apenas 330.000 desde janeiro.
O Monde afirma que os números divulgados nesta sexta-feira (28) pela IOM também contabilizam outros movimentos migratórios, como na América Latina, onde "pelo menos 500 imigrantes morreram assassinados, ou em desastres e mesmo por falta de alimentação. Em 2016, "87 hondurenhos (incluindo 10 menores de idade) foram mortos tentando chegar ao México", escreve IOM.