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Colômbia anuncia suspensão de negociações de paz com ELN

Governo colombiano quer antes a libertação de ex-congressista

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O governo da Colômbia decidiu suspender o início das negociações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), maior grupo guerrilheiro do país sul-americano depois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que deveriam ter começado nesta quinta-feira, dia 27, em Quito, no Equador. 

A notícia foi anunciada nesta quinta pelo ministro do Interior do país, Juan Fernando Cristo, que disse que o motivo da suspensão das negociações é a exigência do Estado da libertação do ex-congressista Odín Sánchez Montes de Oca. 

O político colombiano está sendo mantido em cativeiro pelo ELN há cerca de seis meses, quando se entregou ao grupo em troca de seu irmão e ex-governador do departamento de Chocó, Patrocinio, que foi capturado em 2013. Para a imprensa do país, Cristo afirmou que "a decisão que o presidente da República [Juan Manuel Santos] tomou é que, enquanto não temos certeza de que Odín Sánchez está são e salvo, com a sua família e que foi 'devolvido' ao seio da sociedade 'chocuana', não começará a mesa de negociações no Equador". 

Sendo assim, enquanto o ex-congressista não for libertado "ninguém viajará ao Equador", disse o ministro. O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, também comentou o assunto, escrevendo na sua conta no Twitter que deu "instruções para que a equipe do governo que negociará com o ELN suspenda a sua viagem a Quito até que Odín Sánchez seja liberto". 

Com a decisão do governo colombiano, agora se inicia o processo de negociações para a libertação de Sánchez. O ex-ministro da Agricultura do país Juan Camillo Restrepo, que foi designado para conduzir a mesa de diálogos entre Colômbia e ELN, disse que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (Cicv), com a colaboração da Igreja Católica, já deu início às operações.