O ex-chefe do Serviço de Inteligência Nacional peruano e ex-assessor presidencial durante o governo de Alberto Fujimori (1990-2000), Vladimiro Montesinos, foi sentenciado a 22 anos de prisão pelo desaparecimento forçado e incineração de três opositores ao regime em 1993.
Montesinos já cumpre pena há mais de 15 anos por crimes contra a humanidade, entre outras atividades ilegais como ligações com o narcotraficante Pablo Escobar.
Ativistas de direitos humanos, no entanto, consideram esta uma vitória judicial, pois é a primeira vez que a Justiça peruana reconhece que o governo Fujimori chegou a queimar os corpos de opositores.
As vítimas foram identificadas como o professor Justiniano Najarro e os estudantes Martín Roca Casas e Kenneth Anzualdo. Seus corpos nunca foram encontrados.
O local onde os corpos eram queimados ficava no porão do edifício militar onde Montesinos atuava como diretor do Serviço de Inteligência.
Fujimori também está preso e cumpre uma pena de 25 anos por violações dos direitos humanos e corrupção no período em que esteve à frente do governo peruano.