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Presidente da Colômbia agradece Papa por acordo de paz

Santos disse que Francisco deu 'apoio permanente'

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O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, agradeceu o papa Francisco neste sábado (27) pelo "apoio permanente" à paz em seu país. Nesta semana, o governo e os líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram um acordo que pôs fim a 52 anos de confrontos armados. Agora, o documento assinado por Santos segue para a aprovação do Parlamento e de um futuro plebiscito.

    "Temos tanta gratidão à Sua Santidade por seu apoio permanente neste complexo caminho de buscar e conseguir a paz", afirmou Santos durante a abertura do Jubileu Continental da Misericórdia, que congrega as Igrejas da América Latina no Ano Santo Extraordinário.

    Em sua mensagem, o chefe de Estado lembrou de algumas das frases de apoio à paz local ditas por Francisco e relembrou que no último encontro entre ambos viu a preocupação dele assim que o Sumo Pontífice lhe disse "que rezou muito por você nestes últimos dias".

    "Tínhamos uma situação difícil neste processo e essas palavras as recebi em primeira instância, com muita preocupação. Se o Santo Padre precisa rezar muito por mim, devo estar em sérios problemas. Mas, logo que as internalizei e elas chegaram ao fundo da minha alma, elas me encheram de energia. Uma energia que me permitiu continuar perseverando", ressaltou o mandatário.

    O líder político celebrou que o fechamento do Jubileu da Misericórdia coincide com o acordo alcançado com o grupo guerrilheiro e disse que apoia que "a misericórdia, esse dom divino que é compartilhado com o homem, é uma via grandiosa para construir a paz".

    Por sua vez, o sucessor de Bento XVI enviou uma mensagem por vídeo em que clamou pela misericórdia e pediu para que todos "sejam misericordiosos". O Papa convidou a todos a viver nesse espírito como "uma maneira concreta de tocar a fragilidade, de ligar-se aos outros, de nos aproximarmos uns dos outros".

    Desta maneira, a misericórdia "gerará o movimento que vai do coração às mãos, o movimento de quem não tem medo de se aproximar, não tem medo de tocar, de acariciar e tudo isso sem escandalizar-se, nem condenar, nem excluir ninguém".

    No vídeo, o Pontífice ainda denunciou as consequências da "cultura fraturada" em que se vive hoje. Uma cultura "que está deixando ao longo do caminho os nossos idosos, as nossas crianças, as minorias étnicas que são vistas como ameaças".

    "A misericórdia se aprende porque o Pai segue nos perdoando.

    Tratar com misericórdia é aprender com o Mestre que é estar perto, sem ter medo dos que foram descartados ou que estão manchados e marcados pelo pecado", concluiu Francisco. (ANSA)