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Historiador diz que Magda Goebbels era filha de judeu

Ao lado de ministro, família era retratada como 'ideal'

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Há 70 anos do fim do nazismo, mais uma história sobre a família de um dos principais ministros de Adolf Hitler vem à tona e surpreende. A esposa do então ministro da Propaganda, Joseph Goebbels, Magda, era filha de um comerciante judeu.    

Durante os anos de regime nazista, o casal era retratado como a "perfeita união ariana", um "modelo" para as famílias alemãs da época. Com seis filhos, eles eram considerados um "ideal" da propaganda nazista liderada pelo próprio Goebbels.    

Segundo o historiador Oliver Himes contou em entrevista ao jornal alemão "Bild", Magda recebeu apenas o sobrenome da mãe no seu nascimento, sendo registrada como Johanna Maria Magdalena Behrendt no dia 11 de novembro de 1901.    

A genitora, Auguste, teve o filho sem o registro da presença do pai, que seria o comerciante judeu Richard Friedländer. Naquele mesmo ano, no entanto, Auguste casou-se com o empresário Oskar Ritschel, que se recusou a registra a filha em um ato muito estranho naquela época. Após cerca de quatro anos de relacionamento, Auguste e Oskar se separaram e ela casou-se com o pai biológico da pequena menina.    

De acordo com Himes, "a mais importante mulher do poder nazista [...] era filha ilegítima de uma judeu que a mãe Auguste havia casado em segundo matrimônio".    

O que comprova a citação do historiador seria um documento encontrado por ele mesmo em pesquisas em Berlim. "Há um certificado de residência do comerciante judeu Richard Friedländer que [...] declara como própria filha carnal Magdalena, nascida em 11 de novembro de 1901", diz o historiador.    

A tese ainda descobriu que, mesmo ao lado de Goebbels, Magda não fez nada para salvar a vida do seu pai da atrocidade nazista da época. Friëdlander morreu por ser judeu, em 1938, em um campo de concentração em Buchenwald.    

Magda casou-se com Joseph em 1932, em seu segundo casamento, e viveu ao lado dele até o suicídio de ambos em 1945, quando o bunker onde morava com a família estava próximo de forças opositoras. Antes de se matarem, eles assassinaram todos os seis filhos colocando cianureto na alimentação deles.    

Uma das "provas" dessa teoria seria uma anotação nunca esclarecida no famoso diário de Goebbels, feita em junho de 1934, em que o ministro afirma que sua esposa fez "uma terrível descoberta".