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Putin sanciona polêmico pacote de leis antiterrorismo 

Ativistas de direitos humanos consideram medidas repressivas

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, sancionou nesta quinta-feira, dia 7, um polêmico pacote de medidas antiterroristas, consideradas repressivas por ativistas dos direitos humanos.    

O conjunto de leis prevê, entre outras coisas, o aumento dos poderes do governo no que diz respeito ao monitoramento dos cidadãos russos, assim como o endurecimento de punições. Como resultado, as operadores de telefonia terão que conservar dados de seus usuários, como áudios, vídeos e fotos, por pelo menos por seis meses. Refugiado na Rússia, o ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden, que denunciou um esquema de monitoramento do governo de Washington, condenou as medidas, as quais chamou de "legislação Big Brother", em referência ao livro homônimo, que relata o monitoramento da população por parte do governo.    

"Putin assinou novas leis repressivas que violam não somente os direitos humanos, mas também o bom senso. Este é um dia ruim para a Rússia", comentou em sua conta no Twitter.    O conjunto de medidas foi aprovado pelo Parlamento russo no final de junho, apesar de diversos pedidos de modificação do documento serem apresentados pelas empresas de telefonia e organizações de direitos humanos.    

As leis, que entram em vigor no final deste mês, foram idealizadas pelos legisladores ultraconservadores Irina Yarovaya e Viktor Ozerov, também por trás de diversas outras normas polêmicas.