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Itália pode conquistar lei sobre união civil gay em abril

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O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, afirmou nesta quarta-feira (13) que espera ver o projeto de lei que autoriza a união civil entre pessoas do mesmo sexo no país sancionado ainda no mês de abril.

Já aprovado pelo Senado, onde a maioria do governo é mais estreita, o texto está em análise na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados, que deve terminar seus trabalhos na semana que vem e liberar o projeto para votação em plenário.

"Acredito que dentro deste mês poderemos assinar a lei sobre união civil. Será um grande dia de festa. Poderemos assinar uma lei que já existe em tantos outros países", declarou Renzi durante um chat com internautas no Facebook e no Twitter.

A lei enfrentou muita resistência no Senado por estender a "adoção de enteado" aos gays e equiparar a união civil ao casamento, restrito aos heterossexuais. No entanto, pressionado pela ala conservadora da base aliada, o centro-esquerdista Partido Democrático (PD), liderado pelo primeiro-ministro, cedeu e retirou esses dois pontos do texto, permitindo sua aprovação na Câmara Alta.

Ainda assim, se entrar em vigor, essa será a primeira lei na Itália a autorizar a união civil entre pessoas do mesmo sexo, tirando o país da incômoda posição de único membro da União Europeia a não ter uma legislação do tipo.

O documento atual prevê que casais homossexuais tenham acesso a todos os direitos presentes no casamento, mas sem a chamada "obrigação de fidelidade", item que equiparava a união civil ao matrimônio. Além disso, gays continuarão proibidos de adotar, inclusive se a criança for filha de seu parceiro ou parceira.