Matéria publicada nesta terça-feira (26) pela Bloomberg, por David Scanlan, fala que ao longo da última década, o Canadá estava vivendo um modesto sonho. A cautela de seus banqueiros ajudou o país a atravessar a crise financeira relativamente ilesos.
Enquanto o Canadá presenciava o boom do petróleo e aumento dos preços de commodities, como cobre e trigo, os EUA, Europa e Japão já estavam avistando a crise. Com o preço do petróleo e outras commodities caindo acentuadamente, o rolo compressor canadense estagnou.
Em resposta, os eleitores do Partido Conservador, no comando desde 2006, elegeram o líder juvenil liberal, após flertar com o Partido socialista. Na eleição de outubro de 2015, os liberais, liderados por Justin Trudeau, filho mais popular do primeiro-ministro do país, Pierre Trudeau, ganharam com uma maioria confortável de lugares no Parlamento.
Em setembro, o loonie, como o dólar canadense é chamado, atingiu sua maior baixa em 11 anos contra o dólar norte-americano, enquanto a dívida das famílias continuou a marchar para níveis recordes, levantando preocupações. Em Davos, Trudeau falou sobre o potencial do Canadá como um percursor da alta tecnologia. Mas, seus espetáculos da indústria de tecnologia parecem não valer muito diante de todos os postos de trabalho perdidos desde a queda dos preços do petróleo.
Os canadenses permanecem gratos aos benefícios sociais no estilo europeu, cada vez mais valorizados, como planos de saúde e instituições de ensino. A questão é até quando o governo poderá pagar por isto, se os preços do petróleo e de outras commodities não subirem.