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Merkel promete conter entrada de refugiados na Alemanha

Chanceler vinha adotando políticas de acolhimento de imigrantes

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A chanceler alemã, Angela Merkel, disse ontem (15) que pretende reduzir o número de entrada de refugiados em seu país, e que a decisão de abrir as fronteiras em agosto foi uma medida "humanitária" imperativa. "Nós pretendemos - e vamos conseguir - reduzir a entrada de refugiados", disse Merkel em um um congresso do partido União Democrata Cristã (CDU) no estado de Baden-Wurttemberg, onde foi aplaudida de pé por oito minutos.    

Berlim divulgou na semana passada que mais de um milhão de refugiados, a maioria proveniente da Síria, já ingressou na Alemanha no ano de 2015, batendo as estimativas do governo. Com a intensificação da crise de refugiados na Europa, provocada pelas guerras no Oriente Médio e no norte da África e considerada o pior fluxo de deslocamento forçado desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Merkel se dispôs a receber imigrantes e conceder refúgio. Sua política, no entanto, foi criticada pela ala mais conservadora da CDU.    

"É do interesse da Alemanha, de olho no desafio de garantir acomodação e a integração dos refugiados à sociedade e ao mercado de trabalho. É do interesse da Europa, devido à situação interna e do papel do bloco. E é do interesse dos próprios refugiados, porque ninguém deixa seus lares sem pensar, não importa o motivo", disse em discurso a líder alemã.    

A chanceler, porém, não informou quais os limites para a redução do asilo. Ela afirmou que o país continuará "cumprindo sua responsabilidade humanitária", mas prometeu conter a imigração. Na semana passada, Merkel foi eleita a personalidade do ano pela revista norte-americana "Time", que elogiou a liderança da alemã na União Europeia frente à crise imigratória.