Quatro militantes do movimento islâmico Talibã condenados à morte pelo atentado à escola pública militar de Peshawar, no Paquistão, foram executados nesta quarta-feira (2), em uma prisão da província de Khyber Pakhtunkhwa.
De acordo com fontes locais, os homens, identificados como Maulvi Abdus Salam, Hazrat Ali, Mujeebur Rehman e Sabeel, foram enforcados na manhã de hoje, três dias após a execução ser autorizada pelo chefe do Exército, Raheel Sharif. Os quatro foram condenados à morte por uma corte especial antiterrorista criada pelo governo do premier Nawaz Sharif após o atentado. Outros dois homens receberam a mesma pena.
Eles eram membros do grupo Tawhid al Jihad (TUJ), aliado do Tehrik-e-Taleban Pakistan (TTP), que, por sua vez, é conhecido como o Talibã do Paquistão. O grupo assumiu a autoria do atentado, realizado em 16 de dezembro de 2014 e o qual provocou a morte de quase 150 pessoas, a maioria crianças e adolescentes. Terroristas suicidas invadiram a escola, iniciaram um tiroteio e detonaram bombas. As autoridades paquistanesas chegaram a comparar o massacre ao "11 de Setembro" nos Estados Unidos.
As execuções à morte por crimes de terrorismo estavam suspensas no Paquistão, mas foram retomadas depois da tragédia em Peshawar. Com o fim da moratória, mais de 300 pessoas já foram mortas. A ONG Anistia Internacional fez uma dura crítica ao governo de Islamabad pela retomada das execuções, as quais tornam o Paquistão o principal país do mundo em condenações à morte.