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'El País': Berlim oferece 3 milhões de euros a Turquia para receber os refugiados

Apesar da vontade da chanceler Angela Merkel  em oferecer asilo a cerca de 400.000 

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Matéria publicada no El País, neste domingo (29), conta que a Europa iniciou um novo relacionamento com a Turquia, oferecendo 3.000 milhões de euros, entre outros benefícios, com o objetivo de conter o fluxo de refugiados. A Alemanha convocou uma reunião de cúpula para criar uma frente e melhorar a oferta, desde que a Turquia controle suas fronteiras. Apesar do feroz bloco da oposição, de acordo com algumas fontes, a chanceler Angela Merkel quer oferecer asilo a cerca de 400.000 pessoas vindas diretamente da Turquia. Na difícil e tempestuosa relação entre essas duas criaturas da geopolítica, que são o Oriente e o Ocidente, a Turquia tem sido um "braço" da Europa, no entanto, a ligação tem sido um ímã para muitos problemas. As relações entre a União Européia e a Turquia estão melhorando, com a eclosão da crise de refugiados. 

A reportagem fala que a Turquia estava inclusive, se aproximando de Moscou, mas com a derrubada do avião de caça russo, todos os esforços foram abaixo. "Nós compartilhamos do destino do continente europeu e os desafios geopolíticos, incluindo a questão da imigração", disse Davutoglu, primeiro-ministro da Turquia. Ele voltou para casa com um monte de promessas debaixo do braço: a UE, que até recentemente havia oferecido 1 milhão de euros, agora tem 3.000 milhões de euros "inicialmente", embora seja preciso acertar os detalhes. "Sem dinheiro para os refugiados sírios, é impossível melhorar as condições de asilo", disse o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

Os parceiros estão empenhados para liberar os vistos um ano antes do previsto, desde que Ankara, coloque em prática, a partir de 2016 a implementação dos acordos de readmissão dos imigrantes ilegais, que não têm direito a asilo por ter cruzado a Europa através da Turquia. E o processo de adesão da Turquia à UE reabre após anos de estagnação. Tal generosidade tem um objetivo: AnKara deve se envolver mais na crise de refugiados, mesmo que isso exija ignorar violações de direitos da Turquia, do presidente Erdogan.