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Papa Francisco inicia histórica viagem à África

Antes de embarcar, líder recebeu mulheres vítimas de violência

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O papa Francisco deixou na manhã desta quarta-feira (25) a cidade de Roma com destino a Nairobi, capital do Quênia, e afirmou aos jornalistas que inicia essa viagem histórica ao continente africano "com alegria".    

"Eu vou com alegria para encontrar os quenianos, os ugandenses e os irmãos da República Centro-Africana (RCA). Agradeço por tudo que vocês farão porque desta viagem sairão os melhores frutos, sejam materiais ou espirituais", disse em uma rápida saudação aos 74 jornalistas que estão no avião papal a caminho do continente. Jorge Mario Bergoglio deve aterrissar no aeroporto Jomo Kenyatta às 17h (12h no horário de Brasília) e tem apenas uma agenda diplomática neste primeiro dia. O líder católico fará uma visita ao presidente da República, Uhuru Kenyatta, e após o encontro se reunirá com autoridades e com o Corpo diplomático.    

Além de visitar o Quênia, o Pontífice ainda irá para Uganda, no dia 27, e para a RCA, no dia 29. Esta última etapa deixou as forças de segurança da Igreja muito preocupadas, já que o país enfrenta um grave conflito entre grupos armados muçulmanos e cristãos.    

Porém, segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, "não há novos motivos para se preocupar e o programa continua mantido". "O Papa espera vivamente poder levar sua mensagem de paz", disse o porta-voz sobre os supostos alertas da França para esta etapa da viagem.    

O Santo Padre será o terceiro líder católico na história a visitar o continente africano. Antes de Francisco, João Paulo II foi ao Quênia (1980, 1985 e 1995), a Uganda (1993) e à RCA (1985) e Paulo VI visitou Uganda em 1969.   

Papa recebe mulheres violentadas 

Antes de embarcar para o Quênia, o papa Francisco recebeu nesta quarta-feira algumas mulheres vítimas de violência doméstica e da prostituição em sua residência, em Santa Marta. Vindas da Itália, Nigéria, Romênia e Ucrânia, as 11 mulheres levaram também seis filhos para o encontro com o Pontífice.    

As mulheres moram em uma estrutura organizada e gerenciada por uma congregação religiosa na região de Lazio.