A França vota nesta quinta-feira (19/11) projeto de lei reforçando o estado de emergência decretado pelo presidente François Hollande, na sexta-feira (13/11).
Segundo o jornal Le Monde, o texto deve receber um amplo assentimento da Assembleia antes de ser apresentado nesta sexta-feira (20/11) ao Senado para a aprovação definitiva. A proposta prevê o prolongamento do estado de emergência por um período de três meses a contar 26 de novembro até o final de fevereiro.
O projeto também prevê, tal como anunciado por Hollande, na segunda-feira, aumentar o regime de prisão domiciliar para "qualquer pessoa em relação à qual existam razões sérias para considerar que o seu comportamento constitui uma séria ameaça à ordem pública", disse Stephane Le Foll, porta-voz do governo. Os indivíduos em prisão domiciliar perderão o seu passaporte e ou bilhete de identidade, e não poderão ter contato com pessoas que representam uma ameaça
De acordo com o Le Monde, Le Foll fez saber que os parlamentares, advogados, magistrados e jornalistas poderão sofrer apreensão administrativa com o consentimento de um juiz. O procurador será notificado de qualquer decisão. Computadores, telefones celulares e todos os dados digitais também podem ser alvo. Finalmente, o projeto de lei remove um dispositivo do texto de 1955, que permitia a ordem censura da imprensa.
Desde os ataques de 13 de novembro, 414 investigações foram realizadas, resultando em 64 prisões, 118 prisões domiciliares e a apreensão de 75 armas, incluindo 11 armas de guerra.
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