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Após ataques, primeiro-ministro da Itália sai em defesa de refugiados

Renzi alerta que é "muito fácil" falar que refugiados são iguais a terroristas

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Na linha de frente da maior crise migratória desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, afastou o discurso do medo fortalecido em alguns países da Europa por conta dos atentados da última sexta-feira (13) em Paris e disse que é "muito fácil" falar que refugiados são iguais a terroristas.

Nos últimos anos, pululam por toda a União Europeia movimentos anti-imigração, inclusive na Itália, onde há o partido de extrema-direita Liga Norte, e na França, onde essa ideologia é representada pela Frente Nacional, de Marine Le Pen. E os ataques na "cidade luz" podem reforçar o discurso desses grupos, principalmente porque um dos suicidas que se explodiram nos arredores do Stade de France seria um solicitante de refúgio sírio.

"É fácil dizer que refugiados são iguais a terroristas, mas o ponto é que quase todos os refugiados estão fugindo daqueles animais vistos em ação nas nossas cidades", declarou Renzi, fazendo referência aos atentados em Paris, que mataram ao menos 129 pessoas.

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Além disso, o premier disse que os italianos serão capazes de usar "punho de ferro" contra quem não respeita as leis. "Em um ano, a Itália expulsou 55 pessoas suspeitas de serem extremistas", acrescentou o chefe de governo, que participa de uma reunião do G20 na Turquia. 

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